O EXORCISTA – A FRANQUIA

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Muitos ainda não têm coragem de assisti-lo e eu entendo perfeitamente estas pessoas, já que ‘O Exorcista’, filme de 1975 dirigido por William Friedkin, é atormentador ainda hoje. Mas vamos começar do começo.

O livro, escrito por William Peter Blatty tem 320 páginas, foi baseado numa suposta história real que aconteceu em Maryland e lançado nos Estados Unidos em 1971 e no ano seguinte chegou por aqui. Obviamente o sucesso foi estrondoso e não tardou para as produtoras de cinema irem atrás dos direitos para filmagem.

A Warner Bros. teve mais sorte e começou a contratar os profissionais que entrariam no projeto que estrearia nos cinemas em 1973, entre eles, o já citado diretor Friedkin, o próprio autor Peter Blatty como produtor e roteirista, Ellen Burstyn, Max Von Sydow e Linda Blair na frente do elenco. Houveram diversos acidentes estranhos durante as filmagens e oito pessoas morreram de forma inexplicável.

Conta a história da garota Regan, que começa a mudar sua personalidade lentamente, tornando-se mais agressiva. Preocupada com a filha, Chris decide levá-la, primeiramente para fazer uma bateria de exames que não dão em nada e depois, vê a necessidade de chamar um padre para saber se há sinais de possessão na garotinha.

São inúmeras as cenas antológicas em ‘O Exorcista’, a começar pelo momento em que Regan urina no chão da casa enquanto uma festa está acontecendo, depois com a masturbação utilizando o crucifixo, a cabeça girando 180 graus e diversas outras.

O
Foi orçado em 13 milhões de dólares, arrecadou mais de 400 milhões e ainda foi o primeiro filme de terror a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme. Naquela noite, ganhou as estatuetas de Melhor Roteiro Adaptado e Som e no Globo de Ouro quatro prêmios, dentre eles o de Melhor Filme – Drama, Melhor Diretor e Melhor Roteiro.

Quatro anos depois John Boorman, que foi cotado para dirigir o primeiro filme, fica atrás das câmeras de ‘O Exorcista II – O Herege’ (Stanley Kubrick foi convidado e não aceitou). Linda Blair volta ao papel de Regan, mas se recusou a utilizar a pesada maquiagem de anteriormente. O orçamento foi quase o mesmo e ficou na casa dos 14 milhões de dólares.

Regan já é uma jovem e vive seus dias como qualquer outra pessoa, porém, num determinado momento, começa escutar vozes e ter delírios. Segue-se então uma nova luta contra o mal, sem contar que um padre começa a investigar a morte do exorcista anterior.

Um filme caça níquel, que não tem 20% da carga de desespero e medo do original, mas que ainda assim vale uma conferida.

Para não perder a oportunidade, William Peter Blatty, autor do livro, resolveu se aventurar neste terceiro episódio da franquia como diretor e roteirista – John Carpeter foi cotado para a direção.

Com um elenco desconhecido, a não ser pela presença de Jason Miller, sem Linda Blair e com um fiapo de história que tenta se conectar com o primeiro filme, nada se salva em ‘O Exorcista III’ (1990).
Blatty resolve ignorar os acontecimentos de ‘O Exorcista II – O Herege’ e contar a história de uma série de assassinatos que estão assolando uma cidade nos Estados Unidos. Um investigador descobre a relação dos crimes com o ‘Assassino dos Gêmeos’. Segue então a um hospital psiquiátrico onde está internado um homem muito parecido com o Padre Karras e no meio disso tudo, um costumeiro exorcismo é feito.

O Exorcista 3
Por conta disso acabou recebendo uma indicação ao Framboesa de Ouro de Pior Ator e não se saiu tão bem nas bilheterias. Tem uma aceitação de 55% no Rotten Tomatoes.

Quatorze anos depois e felizes com o sucesso do relançamento do filme original nos cinemas, chega ‘O Exorcista – O Início’, que seria dirigido por John Frankheimer, que abandonou o projeto e logo após faleceu, deixando a cadeira para Renny Harlin. Atrasou nas filmagens acarretaram num gasto de 8 milhões de dólares a mais, fechando o orçamento em 50 milhões de dólares.

O exorcista o inicio
Estrelado por Stelan Skarsgard e James D’Arcy, é outra obra que não consegue chegar aos pés do projeto original, tornando-se apenas um suspense cansativo, com uma edição manjada e fraquíssima.

E em 2005 surge o desconhecido ‘Dominion – Prequel to the Exorcist’, que foi arquivado pela produtora Morgan Creek, já que muitas idéias deste, que seria um terror a parte, foram utilizadas em ‘O Exorcista – O Início’. Paul Schrader recebeu 35 mil dólares para terminar o projeto, após a péssima recepção do quarto episódio da franquia de Pazuzu.

dominion
A distribuição foi feita pela própria Warner Bros e foi inserido no Box especial lançado em 2005, juntamente com os títulos anteriores.

Acreditam que a franquia ainda tem força para outro filme? Eu acho melhor deixar o demônio quietinho no canto dele, pois já nos aterrorizou (para o bem ou para o mal) demais.

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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