O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA – A FRANQUIA

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Vez ou outra o cinema independente chacoalha a indústria e recoloca conceitos por vezes esquecidos à tona. Foi o que ocorreu em 1974, quando ‘O Massacre da Serra Elétrica’ estreou, causando muito medo e trazendo uma estética suja e uma câmera enérgica na maior parte de seus 84 minutos.

A história é baseada num assassino cruel que existiu de verdade e se chamava Ed Gein, além disso, o projeto foi um dos precursores do gênero ‘slasher movies’. Orçado em míseros 150 mil dólares, faturou mais de 100 milhões e com o tempo transformou-se num clássico do terror.

Após 33 pessoas serem mortas por um homem de máscara feita com pele humana, a policia deu o caso por encerrado mesmo não prendendo ninguém. Os anos se passam, os policiais descobrem que mataram a pessoa errada e o único sobrevivente desta história conta em detalhes toda a história vivida por ele e mais 4 amigos.

Doze anos após a primeira aparição de Leatherface, eis que Tom Hooper resolve sentar-se novamente na cadeira de diretor e dar vida a ‘O Massacre da Serra Elétrica – Parte 2’ – tudo por conta do sucesso de ‘Halloween’ e ‘Sexta Feira 13’.

Uma jovem DJ recebe um trote de dois garotos, mas em um determinado momento, escuta o desespero deles – sem saber que haviam sido atacados por Leatherface. Novamente um xerife sai à procura do assassino.

Dennis Hooper é o grande nome desta continuação, mas o roteiro se perde por colocar certo humor no meio de toda aquela sanguinolência. Conseguiu se pagar com certa dificuldade e ainda teve uma péssima recepção da crítica especializada.

O terceiro capítulo da saga de Leatherface não segue a linha narrativa dos outros dois filmes e fala sobre um casal apaixonado que após se perder numa rodovia, dá de cara com o vilão e sua família de malucos.

‘O Massacre da Serra Elétrica 3’ ficou mais conhecido pela briga entre o estúdio e o MPAA, pois o primeiro brigava pela classificação 17 anos e o outro queria que apenas maiores de idade pudessem assistir ao projeto. Por fim, a New Line venceu a batalha.

Diminuindo consideravelmente o orçamento do terceiro para o quarto filme (de 4 milhões de dólares para 600 mil), ‘O Massacre da Serra Eletrica – O Retorno’ (1994) é outro fiasco na franquia – mas conta com um pôster inteligente. Talvez a única observação digna de nota é a presença dos novíssimos e desconhecidos, pelo menos naquela época, Renée Zellweger e Matthew McConaughey.

Novamente com o Texas como cenário de fundo, alguns jovens sofrem um acidente de carro logo após a formatura. Ao procurarem ajuda, caem nas mãos da famosa família de malucos e terão que correr para salvarem suas vidas.

Vale para os fãs da franquia e só, pois é uma produção chata e esquecível. Fechava-se ali o ciclo do vilão com a máscara de pele humana.

Apenas em 2003 a nova geração foi apresentada ao universo de ‘O Massacre da Serra Elétrica’, com uma refilmagem dirigida por Marcus Nispel e estrelada pela estonteante Jessica Biel. Dividiu muito as opiniões, tanto dos críticos quanto dos espectadores, mas ainda assim foi indicado em premiações como o Academy of Science Fiction.

Orçado em 9 milhões de dólares, o roteiro segue a mesma linha do original, mas conta com algumas ‘licenças poéticas’. A violência é escancarada e Leatherface aparece bem mais.

Michael Bay não esperou os corpos dos defuntos esfriarem e produziu um prelúdio do vilão em ‘O Massacre da Serra Elétrica – O Início’ (2006). Orçado em 16 milhões de dólares, fracassou totalmente e, se não me falhe a memória, foi lançado diretamente em home-vídeo por aqui.

Thomas foi um jovem texano que teve um parto complicado e foi criado por Luda, Hoyt, Montgomery e Henrietta. Sofreu diversos abusos e, por conta deste processo, interioriza a violência dentro de si, tornando-se o assassino Leatherface.

Após a péssima recepção, a New Line Cinema compra os direitos da Dimension Films.

E em 2013 nasce ‘O Massacre da Serra Elétrica 3D – A Lenda Continua’. O roteiro continua exatamente onde o original, de 1974, parou e quase vitimiza o assassino com explicações baratas.

Fez uma carreira positiva nos cinemas e faturou 39 milhões contra 10 milhões de seu orçamento. A produtora tem contrato para mais 7 filmes, porém, nenhum deles tem data oficial para ser lançado.

E você, aguenta mais massacres de Leatherface nos cinemas ou é melhor aposentarem a máscara e a serra elétrica?

Por Éder de Oliveira

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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