OS BOXTROLLS

‘Os Boxtrolls’ tem uma intenção louvável, ou seja, criticar a divisão de classes econômicas, muito presente nos tempos atuais, onde quem é mais rico consegue comprar, sobrepujar, angariar e passar por cima de todos aqueles tidos como ‘classe operária’.

Os diretores Anthony Stacchi e Grahan Annable utilizam a animação em stop motion – a tal ‘classe operária’ de um gênero dominado pela computação gráfica – e voltam no tempo da aristocracia para tentarem transformar a obra infantil de Alan Snow numa obra que agrade as crianças por conta das criaturas feias mais fofinhas e também os adultos, por conta das questões morais.

Honestamente, eu queria muito ter ficado empolgado com ‘Os Boxtrolls’, mas a falta de carisma dos monstros que dão nome ao filme e dos outros coadjuvantes (com exceção de um único, que têm uma construção corajosa), além das intenções superficiais diminui a inserção do espectador naquele universo.

Desde que era muito pequeno, Ovo é criado nos esgotos pelos monstros chamados boxtrolls. Essas criaturas são caçadas por Archibald e seus capangas durante a noite. Após uma reviravolta, Ovo decide chamar seus amigos para resgatar as diversas criaturas que estavam presas.

A boa trilha sonora e o estilo gótico se mantém do início ao fim, mas é muito pouco para uma produto que conseguiu ser indicado a Melhor Animação no Oscar deste ano. Assim como a tal classe operária, provavelmente eles apenas assistirão os trunfos de terceiros e, quem sabe, daqui alguns anos poderão colher os frutos de seu trabalho.

Título Original: The Boxtrolls
Ano Lançamento: 2014 (Estados Unidos)
Dir: Anthony Stacchi, Graham Annable
Vozes: Ben Kingsley, Jared Harris, Nick Frost, Richard Ayoade, Tracy Morgan, Dee Bradley Baker, Steve Blum, Nika Futterman

ORÇAMENTO: 60 Milhões de Dólares
NOTA: 5,0

Indicações ao Oscar: Animação

Por Éder de Oliveira

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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