Luc Besson tem uma carreira lotada de altos (‘O Profissional’ e ‘O Quinto Elemento’) e baixos (‘Joana D’arc’ e ‘As Múmias do Faraó’), mas é inegável notar o quanto sua mente é criativa, buscando sempre os ângulos mais improváveis para passar sua mensagem.
E com toda a certeza, ‘Lucy’ é o projeto em que mais pôde trabalhar todo o tipo de pirotecnia, além de ser corajoso o suficiente para fugir dos padrões dos blockbusters hollywoodianos e entregar ao espectador um sem número de situações impensáveis – principalmente no desfecho ‘modernoso’.
Besson gosta de uma edição clipeira e lotada de cortes rápidos e o roteiro pede exatamente isso, fazendo o espectador se segurar ainda mais na cadeira, quando a ação está acontecendo. A química entre Scarlett Johansson e Morgan Freeman fica evidente desde o primeiro minuto deles em cena, uma pena que os outros coadjuvantes não tenham esta empatia.
Lucy é sequestrada e obrigada a contrabandear um novo tipo de substância dentro de seu estômago. A cápsula se quebra, ela absorve a droga e passa a utilizar áreas inalcançáveis do cérebro, ganhando vários poderes como telecinese, ausência de dor e conhecimento acima da média.
O diretor prova que todos nós conseguimos nos redescobrir, basta queremos, seja na base da porrada e do tiroteio contra as organizações criminosas, como Lucy fez ou em métodos mais tradicionais e recomendáveis. Esqueça as mínimas críticas sociais inseridas aqui e divirta-se, utilizando ou não 100% de sua capacidade cerebral.
Título Original: Lucy
Ano Lançamento: 2014 (França)
Dir: Luc Besson
Elenco: Scarlett Johansson, Morgan Freeman, Min-sik Choi, Amr Waked, Julian Rhind-Tutt, Pilou Asbæk, Nicolas Phongpheth, Luca Angeletti
ORÇAMENTO: 40 Milhões de Dólares
NOTA: 7,5
Por Éder de Oliveira