Sou meio reticente em relação ao atual humor europeu, por vezes seus exageros não conseguem me fazer sorrir e um sentimento de indiferença corre em minhas veias. Luc Besson, que não dirigia nada digno de nota desde 2006, ano de ‘Arthur e os Minimoys’, retorna ao cargo em ‘As Múmias do Faraó’.
Tentando seguir os caminhos do blockbuster ‘A Múmia’ (que já havia pegado emprestado diversos cacoetes dos terrores dos anos 30), traz paisagens belíssimas no deserto, uma correria desenfreada no início e a jovem heroína, inteligente e sedutora. Capitaneado também por personagens coadjuvantes exageradamente maquiados e alguns mal escritos, só ganha pontos importantes no último terço, quando as múmias, de fato, surgem e dão um banho de carisma.
Adele é uma aventureira que vai para o Egito tentar encontrar a cura da suposta doença da irmã. Ao retornar à capital, percebe que a população parisiense está em pânico pois um pterodátilo saiu do ovo em que estava exposto em um museu. Mas, apesar disso, ela fará de tudo para ressuscitar a tal múmia que, com seus conhecimentos, dará um fim em seu sofrimento.
Louise Bourgoin tem charme e delicadeza, mas segurar 105 minutos de algo tão irregular é impossível e, por vezes, me peguei bocejando ao longo da sessão. A fotografia noturna é uma das melhores coisas do longa, que só não será totalmente esquecível para mim, pois foi essa a primeira Cabine de Imprensa do Cinema e Pipoca. E só por causa disso ficará para a história.
Título Original: Les Aventures Extraordinaires d`Adèle Blanc-Sec
Ano Lançamento: 2010 (França)
Dir: Luc Besson
Elenco: Louise Bourgoin, Mathieu Amalric, Gilles Lellouche, Jean-Paul Rouve, Jacky Nercessian, Philippe Nahon
ORÇAMENTO: —