EX MACHINA

ex machina

‘Ex-Machina’ já é considerado uma das grandes ficções científicas dos últimos anos e não é para menos. O diretor Alex Garland trás uma discussão já conhecida na sétima arte, mas trata o espectador com total inteligência, criando uma ambientação perfeita (cenários e fotografia dignos de indicações ao Oscar) e dividindo, acertadamente, seu projeto por partes.

O personagem Nathan, vivido pelo ótimo Oscar Isaac (‘O Ano Mais Violento’), não tem os trejeitos clássicos dos cientistas e isso o aproxima do espectador, já Alicia Vikander (‘Anna Karenina’) tem atuação e expressividade monstruosas na pele de Ava.

Diálogos intensos sobre amizade, conhecimento pessoal, confiança e interação entre homem e máquina são cuidadosamente inseridos no roteiro, além da singeleza em determinadas cenas, como por exemplo, naquela em que a humanoide se veste como uma mulher (nesse momento, o rosto de Caleb diz tudo o que está sentindo e pensando).

Ao ganhar um concurso na empresa onde trabalha, Caleb tem a oportunidade de passar uma semana na casa do cientista Nathan. Chegando lá, conhece Ava, a última e mais brilhante criação do cientista, que se apresenta como uma criatura tão sedutora e inteligente que deixa a mente do jovem sem saber ao certo, em quem confiar.

‘Pessoas podem desligar pessoas? Então porque desligar uma inteligência artificial?’. É nesta frase que Garland apoia seu roteiro e cria uma reviravolta de deixar qualquer um boquiaberto. Lembra, em certos momentos ‘Ela’ de Spike Jonze, sem a doçura e com uma certa acidez e até o desfecho, o espectador fica se perguntando quem é real e quem é máquina. Pequena obra prima de 2015.

Título Original: Ex Machina
Ano de Lançamento: 2015 (Reino Unido)
Dir: Alex Garland
Elenco: Domhnall Gleeson, Alicia Vikander, Oscar Isaac, Sonoya Mizuno, Symara A. Templeman, Elina Alminas

ORÇAMENTO: 15 Milhões de Dólares
NOTA: 8,0

Por Éder de Oliveira

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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