Colateral, suspense visceral de Michael Mann

Colateral

Diretores de filmes respeitáveis como O Informante, Michael Mann colocou as mãos em Colateral. Uma obra complexa que moldou num tom onde dinamismo e seriedade competem-se entre si.

Quem estava cansado de ver Tom Cruise (O Último Samurai) interpretando personagens caricatos e entendiantes, com certeza se surpreenderá. Não só pelo cabelo e a barba grisalhas, mas também pelo poder frente às câmeras como vilão.

Jamie Foxx (Ray) começa tímido, mas no decorrer dos atos captura a essência imposta por Mann, transformando o taxista Max num herói de primeira – a sequência dele recuperando a lista das vítimas é de gelar a espinha.

A fotografia noturna aumenta qualquer faísca de tensão, portanto é correto dizer que a pragmática cidade de Los Angeles vira outro personagem. Diálogos precisos e tremendamente naturais, como quando Max pergunta: “Você o matou?” e Vincent retruca friamente: “Não, eu atirei nele. As balas e a queda o mataram”, estão lá intensificando a maturidade ímpar do diretor.

Mas nada estaria completo se o clímax fosse falho. Então ganhamos uma bela reviravolta, com o táxi em alta velocidade ao som de Shadow of the Sun de Audioslave, para fechar Colateral com chave de ouro. E, sem dúvida, esta é uma das melhores películas do ano e só não leva nota máxima pois seu desfecho deixa um pouco a desejar.

NOTA: 9,0
ORÇAMENTO: 60 Milhões de Dólares

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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