Kevin Hart se tornou uma espécie de Martin Lawrence desta nova década, pois todos os trejeitos e humor corporal são extremamente parecidos. E assim como em Policial em Apuros e O Durão, neste Um Espião e Meio ele divide a cena com um astro do cinema e isso facilita ainda mais a empatia com o público.
O diretor Rawson Marshall Thunber utiliza vários ângulos que evidenciam a diferença de tamanho dos protagonistas e traz uma espécie de toques de super-herói para Dwayne Johnson, pois ele some de um local e aparece em outro sem muita explicação – tudo para deixar claro todo seu aparato físico e exaltar sua filmografia no gênero da ação.
Mesmo assim, os irritantes gritos afetados de Hart incomodam o espectador após ser repetido pela terceira vez – os gritos aparecem em todos os 110 minutos de projeção – e este corte final desnecessário, poderia conter vinte minutos a menos.
O brucutu já tinha mostrado seu lado divertido em Bee Cool – O Outro Nome do Jogo e Sem Dor, Sem Ganho, e ganha mais pontos aqui, por mesclar a intensidade das boas cenas de perseguição e a química com o parceiro.
A questão do bullying é tratada sem grandes aprofundamentos, assim como a criação das personalidades, mas nada disso afeta a experiência, pois Um Espião e Meio sempre teve a intenção de ser um produto leve, sem megalomanias e que colocasse um sorriso de satisfação após os créditos finais subirem.
Sinopse de Um Espião e Meio:
Na época do colégio, Bob Stone sofria por conta de seu peso e Calvin era a única pessoa que ficava ao seu lado. Anos depois, Stone se tornou um agente da CIA e precisará do antigo amigo, que tornou-se contador, para resolver um caso ultrassecreto.
Título Original: Central Intelligence
Ano Lançamento:2016 (Estados Unidos)
Dir: Rawson Marshall Thurber
Elenco: Dwayne Johnson, Kevin Hart, Amy Ryan, Jason Bateman, Danielle Nicolet, Aaron Paul, Megan Park
ORÇAMENTO: 50 MIlhões de Dólares
NOTA: 6,0
Por Éder de Oliveira