Críticas
Samurai X O Filme é uma obra que respeita os fãs do animê e do mangá!

Samurai X O Filme é uma obra de 2012 que estava em minha lista de filmes que queria ver. Além disso, recebi ótimos comentários daqueles que acompanharam a aventura em live action do projeto, dirigido por Keishi Otomo e baseado num mangá e animê de grande sucesso criado por Nobuhiro Watsuki.
Com tantas adaptações terríveis como DragonBall Evolution, Death Note: O Filme, Devilman etc., estava com dúvidas em relação a obra. Até porque, são mais de duas horas de projeção – e tenho outras prioridades. Se bem que já vi tantas bombas nessas ‘andanças cinéfilas’, que seria apenas uma adição ao montante.
Mas Samurai X O Filme é incrível! Agradará os fãs e também àqueles que nunca se interessaram por Himura Kenshin. Sato Kakeru some na pele do protagonista e, ao mesmo tempo, participa de sequências de ação de tirar o fôlego (fique atento ao trecho final, que é moldado quase como uma dança). Um ponto negativo vai para o estereotipado Kanryuu Takeda. Eu até entendo todos os exageros de caracterização e atitudes, porém, sempre que ele aparecia, me tirava da imersão.
Mais sobre Samurai X O Filme
Apesar dos mais de 120 minutos, há fluidez, ótima fotografia (os ângulos mais abertos são a ‘cereja do bolo’), bem como um cuidado sem igual para a mixagem e edição de som – o espectador escuta cada batida das espadas com clareza.
E os figurinos? É fato que poderiam ficar toscos, ainda mais quando nos referimos a Sagara, Inui e Gein. Contudo, não dá para reclamar de nada, já que o amor pela obra original está em cada frame. Enfim, o drama e toda a tensão no fato do retalhador ser um homem que não deseja mais matar gera impacto, emociona e tem gostinho de quero mais! Vou dar um play em Samurai X – Inferno em Kyoto e já volto!
Samurai x Sinopse
Battousai Hitokiri, também conhecido como o Retalhador, ficou conhecido como um dos melhores assassinos do Japão. Portanto, seu nome ecoou por todos os cantos. Contudo, cansado de tanta matança, Himura abandona sua espada e jura defender a justiça, não matando mais ninguém. Ao mesmo tempo, a espada dele ficou nas mãos de um dos derrotados, Udo Jin-e.
O retalhador muda de nome e vagueia pelos vilarejos até que, dez anos depois de sua decisão, chega a Tóquio. Lá, ele conhece Kaoru, uma jovem que herdou o dojo de seu pai e teve o nome humilhado por um espadachim que usava o nome Battousai Hitokiri.
Para provar que a suspeita de Kaoru está errada, Himura mostra a ela que carrega uma arma de lâmina invertida, ou seja, não há pretensões de matar as pessoas. Porém, alguns crimes acontecem na região e deixam a polícia em polvorosa, pensando que o lendário Retalhador está na cidade. Na verdade, Udo Jin-e está matando e deixando a culpa cair sobre Himura.
Quando os dois samurais duelam, tudo fica claro. Ao lado do oficial da polícia, o rapaz passa a caçar Jin-e para descobrir quem está por trás de tudo isso e limpar seu nome. Quando Kaoru é sequestrada, é hora do real Battousai mostrar sua força.
Nota Cinema e Pipoca: ★★★★½
Título Original: Rurôni Kenshin: Meiji kenkaku roman tan
Ano Lançamento: 2012 (Japão)
Dir: Keishi Otomo
Elenco: Takeru Satoh, Emi Takei, Yu Aoi, Munetaka Aoki, Go Ayano, Eiji Okuda
ORÇAMENTO: —
Trailer
Samurai X: Quantos filmes são?
Para todos aqueles que se perguntam quantos filmes a saga Samurai X tem, digo que são 5. Ou seja, esse de 2012, bem como Samurai X – Inferno em Kyoto e Samurai X: O Fim de uma Lenda, ambos de 2014. Por fim, em 2021, saíram Samurai X: O Final e Samurai X: A Origem.
Inferno em Kyoto
O malvado Makoto Shishio tenta derrubar o governo Meji. Mas Kenshin Himura, o Samurai X, não tem outra escolha a não ser sacar sua espada de lâmina invertida mais uma vez e lutar pela paz no país que tanto ama.
O Fim de uma Lenda
Shishio vai até Quioto para derrubar o governo Meiji. Contudo, para evitar que o caos retorne para seu país, Kenshin treinará com seu antigo mestre para aprender uma técnica das mais difíceis.
O Final
Em 1879, o samurai mais famoso de todos, junto de seus amigos e aliados enfrentam Enishi Yukishiro, um vilão poderoso e sedento por morte e destruição.
A Origem
Como o nome do filme já diz, contará a história de como Kenshin saiu de um assassino cruel conhecido como Battousai ou o Retalhador para alguém que protege a todos.
Críticas
Mar Profundo | Vale a pena assistir?

Mar Profundo é o novo filme estrelado por Connie Nielsen (Gladiador II) e dirigido por Liza Bolton, que tem em sua filmografia diversos curtas metragens de pouca expressividade, como Time Traders (2013) e The Postcard (2017). Ao todo, são 90 minutos de duração em uma trama que oscila entre o drama convencional e especulações científicas… e isso nem sempre é tratado da maneira mais interessante.
Nielsen, desde os primeiros minutos, entrega uma atuação convincente, criando uma personagem que está tentando compreender o que houve com o marido – que desapareceu após sair para navegar em mar aberto. Contudo, certos coadjuvantes como Anna Walton (Hellboy II – O Exército Dourado), por exemplo, colocam tudo a perder. Há passagens que poderia jurar que a atriz estava lendo suas falas, tamanha falta de naturalidade e expressividade.
Com os planos abertos e a fotografia que traz muitos tons de azul, a diretora prova que entende do riscado, pois isso ajuda a nos mostrar o quanto Mara está se sentindo solitária. Não podemos dizer o mesmo da trilha sonora, que não tem peso dramático e parece ir contra tudo o que está sendo contado.
Mar Profundo poderia ter vários caminhos, mas segue para o mais óbvio
A montagem usa flashbacks para nos contextualizar sobre o casal e como essa pesquisa dele, referente ao uso da flora submarina para benefícios medicinais, poderia ter feito chegado aos ouvidos de ‘pessoas erradas’. Some nesta salada, algumas visões esquisitas de Mara – que não são bem explicadas – e uma antecipação do que teremos no desfecho.
Com tantas migalhas sendo jogadas – para o espectador e para a protagonista – ao longo desse processo de descoberta, que terminamos de assistir mais uma obra de gosto duvidoso. Será um tempo considerado totalmente perdido? Acho que não… mas com um oceano tão gigantesco para ser vislumbrado, por que permanecermos apenas na faixa de areia?
Onde assistir Mar Profundo
O filme está disponível nas seguintes plataformas: ClaroTV+, VivoPlay, AppleTV+, YouTube Filmes, GooglePlay, Prime Vídeo e Microsoft.
Sinopse de 7 Caixas
Três meses após o desaparecimento de Rory, seu marido, o cientista marinho, o artista Mara, descobre, para sua consternação, que a busca pelo corpo dele foi cancelada.
Nota: ★★
Título Original: Ocean Deep
Ano Lançamento: 2023 (Reino Unido)
Dir: Liza Bolton
Elenco: Coonie Nielsen, Colin Bennett, Wayne Gordon, Vivien Mills, Anna Walton, Michael Parr
Críticas
7 Caixas | Vale a pena assistir?

Em um panorama cinematográfico muitas vezes dominado pelos blockbusters de Hollywood, onde produções milionárias e efeitos especiais muitas vezes ofuscam a essência do cinema como forma de expressão social e política, obras como 7 Caixas surgem como um respiro necessário.
Lançado em 2012 e dirigido por Juan Carlos Maneglia e Tana Schembori, este é um verdadeiro achado do cinema latino-americano — e mais especificamente, um marco na cinematografia paraguaia. Ao apostar em um thriller de ritmo ágil ambientado no coração de Assunção, temos as camadas de desigualdade, ambição e sobrevivência urbana com um frescor raro e um realismo.
O que faz de 7 Caixas uma obra tão marcante?
O que faz de 7 Caixas uma obra tão envolvente não é apenas o enredo, que mistura elementos de suspense, ação e drama social, mas a forma como tudo é conduzido. Maneglia e Schembori utilizam a câmera como extensão do olhar nervoso de Victor, criando uma tensão crescente com ângulos ousados e cortes rápidos que remetem ao dinamismo dos jogos de videogame.
A trilha sonora acompanha esse ritmo com batidas eletrônicas que lembram, em muitos momentos, games de ação, reforçando o senso de urgência e a atmosfera frenética do mercado. Esse estilo visual quase hiperativo não só prende a atenção do espectador, mas o insere no labirinto sufocante que é o Mercado 4 — um microcosmo do caos capitalista que marginaliza muitos para favorecer poucos.
Elenco de 7 Caixas é um achado
O elenco é outro ponto de destaque, sobretudo Celso Franco, que entrega um Victor com a dose certa de ingenuidade, ambição e desespero. É fácil se identificar com ele, especialmente para quem conhece a realidade das grandes cidades latino-americanas.
A escolha de abordar o “suspense das 7 caixas” por meio de um thriller permite que a crítica social se desenvolva de forma orgânica. Questões como desigualdade econômica, imigração, corrupção e a busca desenfreada por status estão presentes, mas nunca de forma panfletária.
O espectador se vê envolvido pela trama e, quase sem perceber, mergulha nas complexidades da vida urbana paraguaia. As caixas, aliás, funcionam como uma metáfora poderosa — o conteúdo escondido simboliza aquilo que a sociedade tenta esconder: violência, exploração, e os riscos de um sistema que empurra jovens como Victor para o limite da legalidade.
Outro tema que ressoa fortemente é a obsessão contemporânea pela visibilidade. Victor sonha em aparecer na TV, em ser reconhecido, e esse desejo por “15 minutos de fama” guia algumas de suas escolhas mais questionáveis. É impossível não ver aqui uma crítica sutil à cultura da imagem, às redes sociais e ao espetáculo midiático que transforma qualquer drama humano em entretenimento.
Se há algo a questionar no filme, talvez seja a forma como ele, por vezes, se entrega demais à lógica do entretenimento, com reviravoltas que beiram o exagero. Ainda assim, isso não diminui seu impacto. Pelo contrário, mostra como é possível fazer cinema de gênero com inteligência e consciência social, mesmo com poucos recursos. O orçamento limitado não é obstáculo, mas motor criativo, gerando essa máxima capacidade de entregar emoção, crítica e ritmo com uma simplicidade quase artesanal.
Onde assistir a 7 Caixas
O filme está disponível gratuitamente no PLEX.
Sinopse de 7 Caixas
A história gira em torno de Victor, um jovem carreteiro que trabalha no Mercado 4 — uma espécie de mercadão popular lotado, caótico, mas vibrante. A rotina do protagonista é simples: empurrar um carrinho e carregar mercadorias para os clientes em troca de alguns trocados.
Como tantos outros jovens em economias periféricas, Victor vive à margem do sistema, flertando com a informalidade e alimentando um sonho distante de reconhecimento e fama. É justamente esse desejo que o leva a aceitar uma proposta inusitada: transportar 7 caixas misteriosas por um trajeto aparentemente curto, sem fazer perguntas.
O que parece um trabalho fácil logo se transforma em uma corrida de vida ou morte, à medida que o conteúdo das caixas revela uma natureza sombria e perigosa.
Nota: ★★★★
Título Original: 7 Cajas
Ano Lançamento: 2012 (Paraguai)
Dir: Juan Carlos Maneglia, Tana Schembori
Elenco: Celso Franco, Víctor Sosa, Lali Gonzalez, Nico García, Mario Toñanez, Nelly Davalos
Críticas
Anos Incríveis (1ª temporada) | Vale a pena assistir?

É impressionante como existem programas que marcam nossas vidas. Para mim, Anos Incríveis (1ª temporada) pode entrar numa seleta lista que conta com Conta Comigo, Os Goonies, Garotos Perdidos, os desenhos animados Doug, Cavaleiros do Zodíaco e tantos outros.
Exibido na TV Cultura, foi criado por Carol Black e Neal Marlens (dupla que esteve a frente da refilmagem de 2021) e tinha um elenco afiadíssimo – falaremos de cada um deles abaixo. O roteiro trata não só do sonho americano, mas também de como uma família comum lidava com seus dilemas nas décadas de 1960 e 1970 e com conquistas como: o homem chegando à Lua, a Guerra do Vietnã, o movimento hippie e outros pontos que são excelentes planos de fundo.
Frente a tudo isso, conhecemos o garotinho Kevin Arnold, que detalha seus pensamentos, medos e frustrações em diversas narrações em off que dão charme a estes 6 episódios. Logo no piloto, fala-se sobre a perda de alguém jovem, no caso, o irmão de Winnie Cooper, em seguida, lá pelo terceiro episódio, temos Kevin indo na empresa de seu pai para compreender o que ele faz (a proximidade deles aumentando é emocionante). Some isso com o primeiro beijo do jovem casal, a amizade dele com Paul e as brigas e diferenças com seus irmãos e esse ciclo perfeito se fecha.
Elenco de Anos Incríveis
No elenco fixo da série, temos:
- Fred Savage, como o jovem Kevin Arnold, que começa a compreender melhor o mundo e tudo de bom e ruim que há nele. Dan
- Dan Lauria, como Jack Arnold, o patriarca da família e um homem extremamente comum daquela década, que trabalha e volta para casa e já aceitou que alguns sonhos não serão realizados por conta de algumas escolhas.
- Alley Mills, como Norma Arnold, e a cena em que pergunta a ela se está frustrada na vida, é algo impactante, mas que é tratado com carinho.
- Danica McKellar, como Winnie Cooper, a química dela com Fred é impressionante e tem a docilidade de uma garota, nunca sendo apenas uma coadjuvante qualquer.
Além destes, Jason Hervey como Wayne Arnold e Josh Saviano com Paul Pfeiffer.
A fotografia não enche os olhos, mas há uma ótima reconstrução de época. Porém, pegue a trilha sonora e coloque em seu Spotify, pois é algo sublime e que dialoga com cada episódio. Por fim, são poucos episódios em Anos Incríveis (1ª temporada), mas que carregam em si, nostalgia, alegrias, dores, perdas e conquistas que são compreendidos universalmente e em qualquer época. Obra prima!
Onde assistir Anos Incríveis (1ª temporada)
O seriado não está em nenhum streaming, mas é possível conferir os episódios se procurarem no YouTube, de forma não oficial.
Sinopse de Anos Incríveis (1ª temporada)
Kevin Arnold, um adolescente prestes a se tornar um homem adulto, acompanhado de seu melhor amigo Paul e, às vezes, de sua namorada Winnie, experimentando todos os tipos de traumas e emoções da vida. Enquanto se passam as histórias, os acontecimentos são narrados por um Kevin mais velho e experiente, que descreve o que acontece e conta o que aprendeu de suas experiências.
Nota: ★★★★★
Título Original: The Wonder Years
Ano Lançamento: 2025
Criadores: Carol Black e Neal Marlens
Elenco: Fred Savage, Dan Lauria, Alley Mills, Danica McKellar, Jason Hervey e Josh Saviano
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