PLANETA DOS MACACOS – A FRANQUIA

planeta dos macacos

Foi por conta do livro de Pierre Boulle, intitulado ‘La Planète des Singes’ e lançado em 1963 com 182 páginas, que a franquia ganhou vida. A primeira experiência de entender a evolução dos símios aconteceu em 1968, comandado por Franklin Schaffner e protagonizado pelo galã da época, Charlton Heston.

Conta a história do astronauta norte-americano George, que é lançado no espaço em 1972 e hiberna durante muito tempo. Quando acorda em 3978, nota que chegou a um lugar dominado por macacos com o dom da fala e que utilizam os seres humanos como escravos.

Orçado em 6 milhões de dólares, se pagou com tranquilidade e rendeu mais de 26 milhões, foi bem recebido pela crítica e ainda concorreu a três Oscares (Prêmio Especial pela Maquiagem, Melhor Figuro e Trilha Sonora), além de conter uma das cenas mais antológicas de toda história do cinema.

Schaffner sai da direção e deixa o cargo para Ted Post em ‘De Volta ao Planeta dos Macacos’, lançado em 1970. É a batalha entre os humanos e os símios no subsolo que é o clímax do filme, mas falta ainda a originalidade e o poder de ineditismo vistos no capítulo anterior.

Quando Brent é enviado para trazer de volta George e os outros tripulantes, acaba descobrindo uma sociedade de humanos que adoram uma ogiva nuclear como um deus e vivem no subterrâneo, tudo passado em 3955.

Em ‘Fuga do Planeta dos Macacos’ a cronologia se perde de vez e o orçamento diminui mais um pouco. Don Taylor é o diretor e o protagonista Roddy McDowall, atrás de uma pesada maquiagem, não nos convence.

Antes da explosão vista no segundo filme, Cornelius, Zira e Milo concertam e fogem do local com a nave de Taylor. Porém, uma pane no sistema os fará voltar para 1973, o Dr. Milo morrerá pelas mãos de um gorila e Corneluis e Zira ficarão seguros numa espécie de ONG.

Claramente os roteiristas já haviam deixado boa parte da coerência de lado e, como é tão costumeiro nos dias de hoje, faziam tudo a toque de caixa e sem grandes planejamentos.

Inacreditável como os filmes da franquia foram tendo cada vez menos orçamento e cada vez menos público. ‘A Conquista do Planeta dos Macacos’ foi orçado em apenas 1,7 milhões de dólares (arrecadou quase 9 milhões) e dirigido por J. Lee Thompson.

Para manter a paz entre humanos e macacos, seu líder Cesar deverá lutar contra o general Aldo. Mesmo com todos os esforços, uma guerra civil se inicial e muitas baixas serão vistas.

No ano seguinte, em 1974, a CBS deu sinal verde para uma série de TV que durou apenas 14 episódios e não teve muita repercussão. Assim como o desenho animado de 1975, intitulado ‘De Volta ao Planeta dos Macacos’, que mesmo sendo produzido por Doug Wildey, não teve o retorno esperado.

Foram necessários quase 30 anos para que Tim Burton conseguisse tirar do papel a sua visão para o remake do clássico, baseando-se no livro original e contando com Mark Wahlberg no papel que foi de Charlton Heston, além de Tim Roth, Helena Bronham Carter, Paul Giamatti e tantos outros astros.

Os efeitos especiais e a maquiagem convencem ainda hoje, mas o problema é tentar fazer uma obra que tivesse tanto impacto quanto o projeto original – o take final prova isso. Mesmo assim, arrecadou mais de 360 milhões de dólares e foi indicado ao BAFTA. Provavelmente, a intensão original seria que este ‘Planeta dos Macacos’ ganhasse continuações, algo que nunca ocorreu.

Outra pausa longa, agora de dez anos, e foi a vez do desconhecido Rupert Wyatt dirigir ‘Planeta dos Macacos – A Origem’, que contém diversas referência ao filme original e uma construção delicada de roteiro.

James Franco e Andy Serkis, que interpreta o macaco Cesar, utilizando a captura de movimento, são o grande trunfo nos pouco mais de 100 minutos de longa. Foi indicado ao Oscar e ao Saturn Awards e arrecadou pelo mundo mais de 480 milhões de dólares.

Em 2014 e com Matt Reeves na direção (Wyatt saiu pois queria um prazo maior para as gravações), estreou ‘Planeta dos Macacos – O Confronto’. Ovacionado por público e crítica e colocando mais de 700 milhões de dólares no bolso da 20th Century Fox, o grau de dramaticidade e envolvimento aumenta ainda mais nesta sequência. A indicação para o Oscar de Melhores Efeitos Visuais foi apenas outra coroação para uma franquia que conseguiu se reinventar. Agora é esperar o terceiro episódio, eu já estou ansioso!

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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