Já comentei inúmeras vezes em minhas críticas que este ou aquele filme deveria ter 10 ou 20 minutos a menos para não se tornar tão arrastado. No caso de ‘Cavaleiro Solitário’, o projeto não deveria ter saído do papel, pois ao invés de homenagearem os fãs do seriado original, apenas juntaram diversas idéias ridículas e misturaram tudo com efeitos especiais dignos das megalomanias de Michael Bay.
Este é um típico projeto de produtora, onde utilizam fórmulas que deram certo – no caso a fórmula desgastada da franquia ‘Piratas do Caribe’ – para tentarem dar início a uma nova franquia. Gore Verbinski não consegue fazer um bom filme live-action desde ‘O Sol de Cada Manhã’, Johnny Depp não se reinventa desde… bem, desde os tempos remotos e Armie Hammer (Espelho, Espelho Meu) passou longe do carisma ideal.
Nem as supostas referências ao gênero mais norte-americano de todos, o western, sustentam-se e acabam por deixá-lo somente gratuito – como é o caso de passagens que nos remetem a clássicos como ‘Era uma vez no Oeste’ ou ‘O Grande Roubo de Trem’, de Edwin Porter.
John é um advogado que volta para sua cidade natal e resolve acompanhar alguns criminosos ao tribunal. Porém, seu pessoal é atacado pelos capangas de Butch Cavendish. Todos são mortos menos o advogado, que fica à beira da morte. Um índio o encontra, o salva e começa a segui-lo e a partir daquele momento saem à caça de Butch e companhia.
Com sonolentas duas horas e vinte minutos, ‘Cavaleiro Solitário’ é um dos piores blockbuster feitos neste novo século e também um dos maiores fracassos. O mais incrível é que Tarantino listou o filme como um dos melhores de 2013 e o Oscar o indicou em duas categorias – culpa da influência da Disney entre os votantes. Ainda bem que o público é esperto e não caiu nesta armadilha.
Título Original: The Lone Ranger
Ano Lançamento: 2013 (Estados Unidos)
Dir: Gore Verbinski
Elenco: Armie Hammer, Johnny Depp, Helena Bonham Carter, James Badge Dale, William Fichtner, Tom Wilkinson, Barry Pepper, James Frain, Ruth Wilson
ORÇAMENTO: 250 Milhões de Dólares
NOTA: 2,0