Hollywood vive de fases e eis que ultimamente, além de colocar todos os seus investimentos em filmes de super heróis, achou um jeitinho de lucrar com projetos que trazem à tona os contos de fadas, mas moldados de uma forma mais madura e com graus de suspense. Não deu certo com o horroroso A GAROTA DA CAPA VERMELHA, foi bem em BRANCA DE NEVE E O CAÇADOR e mantém o status neste ESPELHO, ESPELHO MEU.
A madrasta, vivida por JULIA ROBERTS (NOIVA EM FULGA) inicia sua apresentação em tom sarcástico e pontua bem essa personalidade o filme inteiro, já a protagonista – na pele de LILLY COLLINS – se aproxima mais das princesas que estamos acostumados a ver nas animações da Disney – seu rosto angelical e sua voz doce não me deixam mentir.
O diretor TARSEN SINGH, ao contrário do que fez em IMORTAIS, trouxe sequências inteiras de ação sem o menor ritmo, porém deu uma resolução muito melhor à Branca de Neve, quando ela se depara com a ‘besta’, se compararmos com o longa protagonizado por Kristen Stewart. Apesar de pouco tempo, os anões tem suas características principais bem mostradas e são um dos alívios cômicos do projeto.
Após a morte do Rei, a Rainha assume o comando e por seu muito vaidosa, acaba cobrando cada vez mais impostos dos moradores do local, para continuar tendo dinheiro e satisfazer tais vontades. Ao completar 18 anos, Branca de Neve, que sempre esteve aprisionada no castelo, foge e acaba conhecendo a realidade daquele local e fará de tudo para derrubar sua madrasta do trono.
Na parte estética, ESPELHO, ESPELHO MEU é clichê, principalmente se tratando da fotografia, outro ponto negativo é a forma com que a madrasta mantém sua jovialidade, vergonhoso demais.
Mas é no final, com um trecho musical incrivelmente desconexo – quase como uma homenagem aos filmes bollywoodianos –, que o espectador sente mais vergonha alheia. É uma diversão escapista, mas como tudo em Hollywood, muito burocrático.
Título Original: Mirror Mirror
Ano Lançamento: 2012 (EUA)
Dir: Tarsem Singh
Elenco: Julia Roberts, Lily Collins, Armie Hammer, Nathan Lane, Michael Lerner, Sean Bean
ORÇAMENTO: 60 Milhões de Dólares
NOTA: 4,5
