Sempre defendo a fórmula do politicamente incorreto nos cinemas, porque não tem nada melhor do que rir de coisas absurdas e maliciosas – foi o que ocorreu em Se Beber, Não Case! ou Queime Depois de Ler. O problema é quando jogam esse tipo de piada num longa, sem ter a categoria necessária para expô-la.
Em O Babá(ca), o diretor David Gordon Green (Segurando as Pontas) tem várias idéias que poderiam dar certo e fazer o espectador cair na gargalhada, mas ele parece ter medo de arriscar um pouco mais, deixando seu filme igual a tantos outros por aí e pior, não dando uma boa personalidade aos personagens – o garotinho que descobre ser homossexual é um plote que utilizam com pouquíssima inteligência.
As três crianças, juntamente com o bobalhão Jonah Hill (Superbad – É Hoje) tem uma química impressionante e é isso – e apenas isso – que salva o projeto do desastre total. Até porque Hill faz muito bem o papel de adolescente tarado e pervertido e mesmo se repetindo algumas vezes, ainda agrada.
A escolha da Fox Film em lançar O Babá(ca) diretamente em home-vídeo foi correta, mesmo que surpreendente, já que esse gênero sempre leva muita gente aos cinemas. No fim, os créditos sobem e aquele sorriso amarelo até aparece, mas não é suficiente para dar tudo o que esperávamos.
Sinopse de O Babá(ca)
Noah é um adolescente preguiçoso, que não trabalha e vive às custas da mãe. Até que numa noite encontra a possibilidade de faturar uma grana indo trabalhar como babá de três crianças na casa vizinha. A noite só está começando e os problemas do jovem para acalmar os pivetes também!
Título Original: The Sitter
Ano Lançamento: 2011 (Estados Unidos)
Dir: David Gordon Green
Elenco: Jonah Hill, Sam Rockwell, Ari Graynor, Miriam McDonald, Erin Daniels, Jessica Hecht
ORÇAMENTO: —
NOTA: 5,0