Connect with us

Críticas

Insanidade, com Robert Patrick

Published

on

insanidade, com robert patrick

Insanidade, com Robert Patrick, o eterno T-1000 de O Exterminador do Futuro, fala sobre o choque geracional de uma forma peculiar. Entenda, não é um filme que irá agradar a todos, mas caso entre na proposta apresentada pelo diretor e roteirista Richard Bates Jr. (Trash Fire) se divertirá. Terror, suspense e comédia ácida se contrapõem nos pouco mais de 80 minutos.

Olive, personagem de Amanda Crew, vive uma vida repleta de mentiras. A começar pela questão de que ninguém tem coragem de dizer que é péssima pianista, passando pelas amizades e chegando em seu relacionamento, que está fadado ao fracasso. Contudo, o destino quis que ela alugasse a casa de Harvey que, por consequência, é outro ser humano vazio e sem grandes propósitos. Sua primeira vítima até o relembra de como tratava a esposa.

A quebra da quarta parede é outro achado. A princípio, apenas Harvey se comunica com o espectador, porém, isso muda com o tempo, assim como a profusão de gore, que aumenta no último ato. E não dá para negar que Patrick é o grande trunfo do projeto, pois, sem ele, 80% dos pontos positivos iriam por água abaixo.

O veterano entende à risca as falhas e preconceitos do personagem e o molda com categoria, ao contrário de todos os outros coadjuvantes. Posso ressaltar que temos as ‘desculpas’ mais estúpidas para irem salvar a protagonista.

Insanidade, com Robert Patrick, questiona se um assassino precisa de apenas uma fagulha para se mostrar para o mundo (e isso pode levar poucos anos ou décadas). E, ao longo deste processo, todas as atrocidades se tornam mais naturais, como um vício. Enfim, o desfecho é anticlimático, mas o processo até lá, para alguns, será recompensador.

Advertisement
insanidade, com robert patrick

Sinopse de Insanidade

Uma mulher vai para o campo para passar um fim de semana tranquilo logo depois de perder o emprego e ter seu último relacionamento complicado chegando ao fim. Ela aluga uma casa de campo de um viúvo à moda antiga, que luta para esconder suas tendências homicidas.

Onde assistir Insanidade, com Robert Patrick

Para assistir Insanidade, com Robert Patrick, é só alugar ou comprar no Microsoft Store, bem como na Prime Video, Apple TV, Google Play Movies.

Nota Cinema e Pipoca: ★★★½

Título Original: Tone-Deaf
Ano Lançamento: 2019 (Estados Unidos)
Dir: Richard Bater Jr.
Elenco: Robert Patrick, Amanda Crew, AnnaLynne McCord, Keisha Castle-Hughes, Ray Wise

ORÇAMENTO: —

Advertisement

Críticas

O Exorcista | Resenha | Vale a pena assistir?

Published

on

o exorcista topo

O Exorcista completou, em 2025, 52 anos de seu lançamento e, por conta do mês do Halloween, não tinha como não assisti-lo. Esse é um daqueles projetos que revejo de tempos em tempos e, ainda assim, consigo notar novos detalhes que enriquecem a história, os personagens e este universo tirado do livro de William Peter Blatty (que também assina o roteiro) e transposto impecavelmente por William Friedkin.

O tom soturno das locações, da fotografia e da psique de Regan e companhia, se deteriora mais e mais com o passar do tempo. A garota e Chris MacNeil (Linda Blair e Ellen Burstyn, respectivamente), vivem o luto da separação – uma é a filha que o pai, praticamente, abandonou e a outra é uma mãe que precisa fazer de tudo para dar o melhor para a menina, sendo uma estrela de Hollywood.

Portanto, este, assim como tantos outros terrores, tem camadas que vão além dos sustos e também pode ser considerado um drama potente. Numa outra linha narrativa, temos o padre Karras, vivido por Jason Miller, que está com a fé abalada e, mais para frente, o padre Merrin, na pele de Max von Sydow. O elenco é absurdo e genial!

Possessão, efeitos práticos e a criação de uma obra prima chamada O Exorcista

Muitos se lembram de Regan girando a cabeça sob o corpo ou fazendo um ato profano com o crucifixo. Mas essas mais de duas horas de projeção têm muito mais! E todos os pontos são necessários para construir o enredo e esse horror da possessão. Há ceticismo e descrença num primeiro momento. A ciência vem primeiro, para averiguar se havia doenças mentais e os próprios médicos têm dificuldades em dar este caminho do exorcismo.

E na hora dos efeitos práticos, tudo é feito com maestria pelo genial e maluco Friedkin, que chegou a extremos para tirar boas atuações – como na cena em que Burstyn é ‘arremessada’ e bate as costas na parede, aquilo não era atuação e ela, de fato, se lesionou seriamente.

Advertisement

Quanto aos prêmios, recebeu indicações ao Oscar – foi o primeiro longa de terror a ser indicado a Melhor Filme, além de faturar Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som. Esteve no BAFTA, na categoria de Melhor Som e faturou 4 estatuetas no Globo de Ouro: Melhor Filme – Drama, Diretor, Atriz Coadjuvante para Linda Blair e Roteiro.

Apesar das diversas lendas urbanas (9 pessoas que participaram do projeto morreram, seja por conta de quedas, doenças e assaltos), o que precisamos avaliar é que O Exorcista jamais seria produzido, nesses moldes, hoje em dia. Estávamos em uma Hollywood onde os idealizadores tinham a última palavra e não os estúdios. Sorte a nossa em colocarmos as mãos nessa obra prima inesquecível e atemporal.

O Exorcista
O Exorcista

Onde assistir O Exorcista?

Sinopse de O Exorcista:

No início, vemos um padre no Iraque, desenterrando algo no meio da areia. Nos Estados Unidos, uma atriz percebe mudanças no comportamento da filha. Diversos exames são feitos, mas os diagnósticos nunca são precisos, até que numa noite, a cama de Regan começa balançar sozinha e outros móveis saem do lugar. Daí a descobrirem a inevitável possessão é questão de minutos e um padre é chamado e aceita fazer o exorcismo da menina.

Nota: ★★★★★

Título Original: The Exorcist
Ano Lançamento: 1973 (EUA)
Dir.: William Friedkin
Elenco: Max von Sydow, Jason Miller, Ellen Burstyn, Linda Blair, Lee J. Cob,William O´Malley

Curiosidades de O Exorcista

  1. O ator Jason Miller, que interpretou o Padre Karras, teve uma discussão acalorada com o diretor. Isso porque Friedkin teria disparado uma arma perto de seu ouvido para obter uma reação autêntica.
  2. No primeiro dia de ensaio da sequência do exorcismo, a maneira como Linda Blair proferia o diálogo obsceno perturbou tanto Max von Sydow, intérprete do Padre Merrin, que ele chegou a esquecer suas falas.
  3. Devido às ameaças de morte contra Linda Blair por fanáticos religiosos que acreditavam que o filme “glorificava Satanás”, a Warner Bros. manteve guarda-costas protegendo-a por seis meses após o lançamento do filme.
  4. A voz do demônio foi feita por Mercedes McCambridge. Ela insistiu em engolir ovos crus e fumar compulsivamente para alterar suas vocalizações. Além disso, queria beber uísque para distorcer a voz, mas como estava abandonando a sobriedade, exigiu que seu padre estivesse presente para aconselhá-la durante o processo de gravação. A pedido de Friedkin, ela também foi amarrada a uma cadeira com pedaços de um lençol rasgado para obter um som mais realista do demônio lutando contra as restrições.
  5. A atriz Ellen Burstyn, que fez Chris MacNeil, sofreu uma lesão permanente na coluna durante as filmagens da cena em que é atirada ao chão pela filha possuída, fraturando o cóccix.
  6. O vômito que Regan atira em Padre Karras é, na verdade, sopa grossa de ervilha.
  7. O set do quarto de Regan era resfriado com quatro aparelhos de ar condicionado, e as temperaturas chegavam a ficar em -1°C. Estava tão frio que a transpiração congelava em alguns membros do elenco e da equipe.
  8. Para fazer Max von Sydow parecer muito mais velho do que seus 44 anos na época, o maquiador Dick Smith aplicava látex líquido e, ao secar, esticava a pele do ator. Este procedimento de maquiagem durava três horas diariamente e causava grande desconforto no ator.
  9. O local da escavação arqueológica visto no início do filme é o sítio real da antiga Nínive, em Hatra, Iraque. Friedkin teve que levar uma equipe totalmente britânica, pois os EUA não tinham relações diplomáticas com o Iraque na época.
  10. Mercedes McCambridge teve que processar a Warner Bros. para receber crédito como a voz do demônio. Friedkin disse que ela originalmente não queria crédito, afirmando que desejava que o público acreditasse que a voz era de Regan, mas mudou de ideia após o lançamento.
  11. O teaser trailer original, que consistia quase apenas em imagens do demônio de rosto branco piscando rapidamente na escuridão, foi banido em muitos cinemas por ser considerado “muito assustador”.
  1. A contorcionista Ann Miles foi contratada para realizar a famosa cena da “caminhada de aranha” na escada. Friedkin a excluiu antes do lançamento de 1973 por achar que era “demais” e porque era difícil esconder os fios na época. Ele a adicionou de volta na versão estendida de 2000, com os fios removidos digitalmente.
  2. Vasiliki Maliaros (a mãe de Padre Karras) nunca havia atuado em um filme antes. Ela foi descoberta em um restaurante grego. Friedkin e o autor William Peter Blatty acharam que ela se parecia muito com a mãe de ambos.
  3. O estúdio queria Marlon Brando para o papel de Padre Karras ou Padre Merrin, mas o diretor vetou, alegando que com Brando o filme se tornaria um “filme de Brando”.
  4. Jack Nicholson também foi cotado para o papel de Padre Karras. Contudo, Friedkin achou que Nicholson era muito “não-santo” para interpretar um padre.
  5. Linda Blair recebeu sua indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante antes que se soubesse amplamente que Mercedes McCambridge havia fornecido a voz do demônio. A controvérsia sobre Blair receber crédito pelo trabalho de outra atriz prejudicou suas chances de ganhar o prêmio.
  6. Em seu lançamento inicial, O Exorcista afetou o público de forma tão intensa que, em muitos cinemas, paramédicos foram chamados para atender pessoas que desmaiaram e outras que entraram em histeria.
  7. Paul Bateson, que participa de uma cena onde um cateter é inserido na garganta de Regan, era um técnico de raio-x do NYU Medical Center. Em 1979, ele foi condenado pelo assassinato de um crítico de cinema e foi um suspeito nos chamados “assassinatos da sacola”.
  8. A cena em que o Padre Merrin sai do táxi e para em frente à residência MacNeil banhado em um brilho misterioso foi inspirada na série de pinturas “O Império das Luzes” (L’Empire des lumières) de René Magritte.
  9. De acordo com o autor William Peter Blatty, a Warner Bros. queria mudar o título do filme depois de uma pesquisa que constatou que nenhum dos participantes sabia o que era um exorcista.
Continue Reading

Críticas

Tron – Ares | Resenha | Vale a pena assistir?

Published

on

Tron - Ares

Tron – Ares, o terceiro capítulo da franquia iniciada em 1982, surge como uma continuação que poucos clamavam, mas que, ainda assim, promete atualizar a mitologia digital de seu universo para uma nova era. Dirigido por Joachim Rønning (Kon-Tiki e Malévola – Dona do Mal), tenta encontrar um equilíbrio entre nostalgia, espetáculo visual e discussões contemporâneas sobre inteligência artificial — mas se perde entre ideias genéricas e um roteiro superficial.

Desde Tron, que foi inovador ao introduzir conceitos digitais e computação gráfica numa era onde isso era pouco usual, passando por Tron – O Legado (2010), que elevou esse aspecto ao som de Daft Punk e uma estética eletrônica deslumbrante, tudo era uma grande ode a este universo. Agora, em Tron – Ares a proposta é expandi-lo: pela primeira vez, os programas — ou inteligências artificiais — saem do mundo digital para o mundo real.

Os prós: visual, trilha e Jared Leto em Tron – Ares

Não há como negar: o filme é bonito de ver. A fotografia noturna, contrasta as luzes néon em tons laranja com sombras densas e cria uma ambientação elegante e coerente com os filmes anteriores. A estética do universo digital permanece como um dos principais atrativos da franquia, e aqui ela é levada a outro patamar com efeitos visuais mais refinados e cenas de ação impactantes — especialmente aquelas envolvendo as já icônicas motos de luz.

A trilha sonora, desta vez comandada por Trent Reznor e Atticus Ross (vencedores do Oscar por A Rede Social), é outro ponto alto. Embora não alcance o impacto quase mítico da trilha de O Legado, composta pelo Daft Punk, a dupla entrega composições com batidas pesadas – me senti dentro de uma have.

Nas atuações, Jared Leto se destaca como Ares, o programa que cruza para o mundo real em busca de longevidade e propósito. Embora suas atuações por vezes dividam o público, aqui ele encontra um bom equilíbrio entre intensidade e estranheza, dando ao personagem uma presença enigmática e quase espiritual. Jodie Turner-Smith também oferece uma performance sólida, trazendo força e sutileza em suas interações com Leto.

Advertisement

Os contras: roteiro vazio e personagens desperdiçados

Apesar dos pontos positivos, o roteiro é raso, previsível e parece escrito por inteligência artificial — sem trocadilhos. Há boas ideias jogadas aqui e ali, como a discussão sobre ética em IA, o surgimento da consciência digital ou o valor da vida humana diante de entidades programadas, mas nada disso é desenvolvido com a devida profundidade. Tudo soa genérico, como se o filme tivesse medo de se comprometer com qualquer reflexão mais complexa.

O resultado é que não há grandes reviravoltas, surpresas ou sequer um senso de urgência genuína. Sabemos exatamente para onde tudo vai desde os primeiros minutos.

O elenco de apoio, que inclui nomes como Evan Peters, Gillian Anderson, Cameron Monaghan e Sarah Desjardins (Yellowjackets), é subutilizado. Peters, que já mostrou carisma e versatilidade em produções como X-Men – Dias de um Futuro Esquecido, aparece aqui como um vilãozinho afetado e sem ameaças reais. Gillian Anderson (Arquivo X) é relegada a uma figura burocrática. Cameron Monaghan e Desjardins mal têm tempo de tela o suficiente para justificar sua presença.

Essa falta de desenvolvimento prejudica diretamente o envolvimento do espectador. Não sentimos medo pela vida dos personagens, não nos importamos com suas perdas ou conquistas. Há uma ausência geral de emoção, como se tudo estivesse sendo conduzido no “modo automático”, ironicamente apropriado para um filme sobre inteligências artificiais.

Entre o passado e o futuro (mas sem alma)

Há momentos de nostalgia, mas até eles soam um pouco forçados. São piscadelas (até Jeff Bridges dá as caras) que não se conectam com o enredo de forma orgânica, apenas fazem lembrar que, em algum momento, esse universo foi mais fascinante e inovador do que é agora.

Advertisement

Tron – Ares termina com um gancho para uma sequência, mas deixa a sensação incômoda de que estamos assistindo a um ciclo que se repete, como um looping eterno. A franquia parece mais interessada em manter-se viva por inércia do que por alguma necessidade narrativa.

Principais lançamentos no cinema em outubro de 2025
Tron – Ares

Onde assistir Tron – Ares?

Sinopse de Tron – Ares

Diversas ameaças que estavam no mundo digital atravessam as barreiras e chegam para o mundo ‘real’. Portanto, Ares, um programa de computador, quebra completamente a distinção entre o real e digital e começa a se perguntar e a pensar ‘fora da caixa’. 

Nota: ★★★

Título Original: TRON: Ares
Ano Lançamento: 2025 (EUA)
Dir.: Joachim Rønning
Elenco: Jared Leto, Greta Lee, Evan Peters, Jeff Bridges, Cameron Monaghan, Sarah Desjardins, Gillian Anderson, Jodie Turner-Smith

Curiosidades de Tron – Ares

  • O filme foi orçado em US$ 180 milhões
  • Em 29 de abril de 2024, a Disney anunciou oficialmente o retorno de Jeff Bridges, tornando-o o único ator a participar dos três filmes da franquia.
  • Durante toda a gravação de Tron – Ares, Jared Leto permaneceu em personagem como Ares. Ele não falava com ninguém, a menos que fosse necessário, e exigia que todos o chamassem de “Ares”.
  • Jeff Bridges foi o único que ignorou a exigência de Leto. Segundo ele, como seu personagem Kevin Flynn é o criador da Grade (Grid), ele está acima de Ares e pode chamá-lo como quiser.
  • Tron – Ares é o primeiro filme da série sem a presença de Bruce Boxleitner como TRON/Alan Bradley.
  • Tron – Ares é o primeiro filme da franquia com classificação PG-13. Os dois anteriores eram classificados como PG.
  • A Disney pediu que os compositores Trent Reznor e Atticus Ross fossem creditados como Nine Inch Nails na trilha sonora.
  • A nova classificação PG-13 reflete um tom mais sombrio e maduro para Tron – Ares, em comparação com os anteriores, que tinham um apelo mais leve e familiar.
  • A ausência de Alan Bradley pode indicar uma mudança significativa na narrativa, com novos personagens dominando o mundo digital da Grade.
  • Apesar das mudanças no elenco e tom, o retorno de Jeff Bridges e a presença de Jared Leto como vilão geraram grande expectativa entre os fãs antigos e novos.
Continue Reading

Críticas

Um Lobisomem Americano em Londres | Resenha | Vale a pena assistir?

Published

on

um lobisomem americano em londres topo

Um Lobisomem Americano em Londres completará, em 2026, 45 anos de seu lançamento e continua tão inovador e atual quanto naquela época. Mas falaremos disso em breve. Antes, preciso citar que arrecadou mais de US$ 30 milhões nas bilheterias, contra US$ 6 milhões de seu orçamento e ganhou uma sequência 16 anos depois, intitulada Um Lobisomem Americano em Paris.

Essa era uma daquelas heresias cinéfilas, pois nunca havia assistido, mesmo sabendo de sua relevância, principalmente no que diz respeito a efeitos práticos/especiais. O diretor John Landis havia trabalhado em grandes marcas, como: Direct TV, Taco Bell, Coca Cola, Pepsi, Kellogg’s e Disney e, por isso, compreendemos sua expertise em fazer tanto com tão pouco – o homem foi forjado pelos comerciais de TV, pelos prazos apertados e, claro, por orçamentos que, muitas vezes, eram menores do que queria.

Ele escolhei a dupla David Naughton e Griffin Dunne para viver os viajantes David Kessler e Jack Goodman, respectivamente. Ambos são americanos numa terra desconhecida, ou seja, Londres, mas são sumariamente expulsos de um bar – as diferenças culturais, muitas vezes, são levadas até as últimas consequências, mas mal sabiam eles que isso resultaria num terror sem igual.

As atuações e o tom cômico de Um Lobisomem Americano em Londres

E qual o problema de diretores que vêm de comerciais de TV? Muitas vezes pecam no comando dramático. A dupla Naughton e Dunne (debaixo de uma belíssima maquiagem, que se deteriora com o passar dos minutos), apesar de terem seus momentos para brilhar, não entregam tanto quanto poderiam e, por exemplo, a paixão entre David Kessler e a enfermeira Alex Price não convence por ser apressada.

Em contrapartida, não esperava o tom cômico, como na passagem onde Kessler, nu dentro de um zoológico, rouba as bexigas de um garotinho para tampar suas partes íntimas. É algo sutil, mas inserido perfeitamente por Landis que tem em sua filmografia Os Irmãos Cara de Pau (1980) e Um Príncipe em Nova York (1988).

Advertisement

Agora, sim: vamos falar dos efeitos e maquiagem de Um Lobisomem Americano em Londres

Depois que os créditos subiram, fiquei pensando sobre quais os filmes atuais conseguem ser melhores, nos quesitos efeitos práticos/especiais e maquiagem de Um Lobisomem Americano em Londres. A resposta: poucos. A primeira transformação do protagonista no monstro é feito às claras – o responsável Rick Baker não usa a escuridão para ‘maquiar’ os defeitos.

As mãos aumentando, a mandíbula indo para frente, os ossos da coluna e as orelhas ficando protuberantes. É um deleite não só para os fãs de terror, mas para os cinéfilos de um modo geral. Há sangue, há espaço para homenagens aos clássicos – um monstro matando pessoas dentro de uma sala de cinema é muito metalinguístico – e toda a violência apresentada provam que, apesar dos pequenos deslizes, é uma obra prima que deve ser vista e revista.

Um Lobisomem Americano em Londres
Um Lobisomem Americano em Londres

Onde assistir Um Lobisomem Americano em Londres

Sinopse de Um Lobisomem Americano em Londres

Numa viagem à Inglaterra, dois amigos americanos são atacados por uma criatura. Um deles sobrevive, mas enfrenta as consequências sobrenaturais desse ataque.

Nota: ★★★★

Título Original: An American Werewolf in London
Ano Lançamento: 1981 (Estados Unidos | Reino Unido)
Dir: John Landis
Elenco: David Naughton, Jenny Agutter, Griffin Dunne, David Schofield, John Woodvine, Lila Kaye, Brian Glover, Anne-Marie Davies, Frank Oz

Curiosidades de Um Lobisomem Americano em Londres

1- A falta de reconhecimento por O Homem Elefante (1980) levou o Oscar a criar a categoria de Melhor Maquiagem, em 1981. Rick Baker foi o primeiro vencedor com Um Lobisomem Americano em Londres.

2- David Naughton correu nu de verdade no Zoológico de Londres e, só depois, descobriu que o local estava aberto ao público – os “figurantes” eram visitantes reais!

Advertisement

3- Naughton foi escolhido por John Landis após um comercial do Dr. Pepper, mas perdeu o contrato com a marca após as cenas de nudez no longa.

4- Rick Baker trabalhou por meses na cena de transformação. Para sua surpresa, Landis usou apenas 7 segundos do material — mas foi o suficiente para impressionar o público.

5- Landis teve a ideia do roteiro após ver um funeral cigano durante as filmagens na Iugoslávia, onde o corpo era enterrado cercado de alho para não ressuscitar.

6- O ator Griffin Dunne quase ficou de fora por falta de permissão de trabalho. Landis ameaçou mudar o título e o local do filme para Paris se ele não fosse aprovado.

7- Apesar do tom cômico, Landis quis que a violência fosse crua e realista, inspirando-se no terror dos anos 1940, onde o lobisomem era retratado como uma vítima trágica.

Advertisement

8- O visual do lobisomem foi baseado em Bosco, o cachorro de Rick Baker, um keeshond.

9- Na sequência do pesadelo, Rick Baker faz uma participação como um dos lobisomens nazistas — ele é o que corta a garganta de David.

10- Landis escolheu Londres por ser o “berço do terror”, lar de Jack – o Estripador, Dr. Jekyll e Mr. Hyde. Mas também quis mostrar a Londres real dos anos 1980.

Adquira conteúdo na Amazon neste LINK.

Advertisement
Continue Reading

Trending

Você não pode copiar o conteúdo desta página

GeraLinks - Agregador de links Trends Tops - Trending topics À toa na net