A utilização do 3D precisa ser revista urgentemente, pois IMORTAIS é outra produção que utiliza esta ferramenta apenas para levar alguns trocados a mais dos espectadores.
É bem verdade que passa longe do vergonhoso exemplo de FÚRIA DE TITÃS, mas caso víssemos em 2D, a experiência seria praticamente a mesma.
E se este fosse o único problema do projeto eu sairia da sessão muito satisfeito, mas presenciamos um sem número de equívocos, a começar pela escolha do protagonista HENRY CAVILL (SUPERMAN – O HOMEM DE AÇO), que faz várias caras e bocas, mas não convence ninguém, além de FREIDA PINTO (PLANETA DOS MACACOS – A ORIGEM), como a donzela em perigo, que espera seu príncipe encantado, é de dar calafrios.
O visual é acachapante, mas 300 já nos trouxe algo parecido e muito melhor coreografado. Falando no filme dirigido por Zack Snyder, em certo momento TARSEM SINGH (A CELA) quer tanto imitá-lo, que chega a ser vergonhoso.
E o vilão… bem, este é vivido por MICKEY ROURKE (OS MERCENÁRIOS), que além de ter um capacete horroroso, não está nem aí para nada e nos entrega outra interpretação lotada de maneirismos.
Depois de ver sua mãe ser morta por Hiperion, Teseu sai em busca de vingança e a briga acabará envolvendo um oráculo e os deuses gregos, sem contar que alguns destes guerreiros estão em busca de um arco mágico muito poderoso.
Vemos também algumas referências às pinturas renascentistas no meio desta salada, apenas na tentativa de tornar IMORTAIS ainda mais ‘divino’ e grandioso.
Por fim, você sabe antecipadamente tudo o que acontecerá, pois o roteiro não abre espaço para surpresas ou grandes reviravoltas. Os deuses devem estar soltando ‘raios e trovões’ por causa desta balela cinematográfica.
Título Original: Immortals
Ano Lançamento: 2011 (EUA)
Dir: Tarsem Singh
Elenco: Mickey Rourke, Kellan Lutz, Luke Evans, Isabel Lucas, Henry Cavill, John Hurt, Freida Pinto, Stephen Dorff
NOTA: 3,5
ORÇAMENTO: 115 Milhões de Dólares