CONTÁGIO
E novamente a sétima arte nos traz um vírus letal que assola a humanidade e deixa grande parte do planeta jogado às traças.
STEVEN SODERBERGH (TRAFFIC) monta um elenco mega-estelar e tenta abrir feridas expostas e não cicatrizadas da sociedade moderna.
É verdade que tanto o tema quanto os atores poderiam ser melhores explorados, mas o primeiro terço de CONTÁGIO, onde vemos o início da infestação é interessante, até porque o diretor não polpa ninguém, deixando o nível de surpresa ainda maior. Além disso, comenta-se como os governos e as indústrias farmacêuticas podem lucrar com tais doenças e como a influência da mídia – e dos blogs hoje em dia – pode afetar a população.
De todos, os mais desenvolvidos são os personagens vividos por JUDE LAW (CLOSER – PERTO DEMAIS) e LAURENCE FISHBURNE (MATRIX), além de algumas boas seqüências de KATE WINSLET (TITANIC), porque de resto, há uma gratuidade e quase menosprezo com o espectador que irritam – MATT DAMON (ALÉM DA VIDA) e MARION COTILLARD (A ORIGEM) parecem incomodados frente às câmeras.
De uma hora para outra pessoas começam a morrer, por causa de um vírus que se propaga pelo ar. Após isso, vemos os atos desesperados da população para tentar sobreviver, a degradação das cidades e a luta dos governos para criarem a cura o quanto antes.
No fim das contas, CONTÁGIO é uma mescla de O JARDINEIRO FIEL, que conseguiu ir além no quesito investigação e crítica social e ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, que teve mais dramaticidade e envolvimento entre personagens e espectador. Não vai mudar a vida de ninguém, mas vale à pena conferi-lo.
Título Original: Contagion
Ano Lançamento: 2011 (EUA)
Dir: Steven Soderbergh
Elenco: Matt Damon, Marion Cotillard, Kate Winslet, Gwyneth Paltrow, Jude Law, Laurence Fishburne, Bryan Cranston
NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: 60 Milhões de Dólares
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