O ano era 1914 e o diretor D. W. Griffith lançava seu filme Judith of Bethulia, que foi um marco para o gênero, por trazer a ótica de inúmeros personagens para contar a história. No ano seguinte seria lançado outra obra nos mesmos moldes, intitulada O Nascimento de uma Nação. Este era apenas o início da força dos épicos de Hollywood, que transcorreriam gerações!
Mas foi com Cecil B. DeMille que a coisa deslanchou de vez. Na estréia de Os Dez Mandamento em 1923, os espectadores foram surpreendidos por imagens, até então, impensáveis, como a abertura do Mar Vermelho feita por Moisés. Faturou 14 milhões de dólares, o que para a época era uma quantia espetacular.
Em 1925, outro diretor chamado Fred Niblo, viu que os épicos estavam em alta e rodou a segunda versão de Ben-Hur nos cinemas – a primeira versão datava de 1907 – e conseguiu ir bem nas bilheterias. Rei dos Reis (1927) teve assinatura de DeMille e tinha como tema o Evangelho. Novamente contou-se com um sem número de figurantes e grandes locações.
Com a chegada de algumas melhorias para a Sétima Arte no início da década de 30, este mesmo diretor resolveu arriscar com outros dois títulos: O Sinal da Cruz (1932) e Cleópatra (1934). Com a virada da década, se inicia a chamada Era de Ouro dos épicos de Hollywood, com filmes como Sansão e Dalila (1949).
Em 1951 e usando mais de 60 mil figurantes, Mervyn Leroy rodou Quo Vodis, orçado em 12 milhões de dólares, teve a benção do Papa Pio XII e foi mais uma obra bem sucedida. Dois anos depois e com menos sucesso, estreava O Manto Sagrado. Mas foi em 1956 que Cecil B. DeMille faria o genial e definitivo remake de Os Dez Mandamentos, que foi estrelado pelo galã da época Charlton Heston e faturou 80 milhões contra seu orçamento de 13 milhões. E no Oscar? Faturou a estatueta de Efeitos Especiais.
E Ben-Hur voltou em 1959, na terceira adaptação para o cinema e com Helston como protagonista. Somente na cena da corrida de bigas foram usados 8 mil figurantes e 80 cavalos. No fim das contas, faturou 11 Oscares, feito que, até o momento, não foi ultrapassado.
Chega a década de 60 e Stanley Kubrick monta sua epopeia intitulada Spartacus – tido por muitos como um dos melhores filmes de todos os tempos – e em 1961, Helston vai a luta outra vez na pele de El Cid. Daí em diante o filão vai, gradativamente, perdendo fôlego, e nem filmes como Barrabás (1962) ou Cleópatra (1963), conseguem recuperá-lo.
Nesse período a TV flertou com o gênero, mas nas telonas ficou bastante tempo esquecido, até o retorno triunfal com produções como Dança com Lobos (1990) e Coração Valente (1995). Com uma nova roupagem e usando as mais variadas tecnologias, podemos citar, entre os novos títulos o horroroso Alexandre (2004), o ótimo Gladiador ( 2000), este talvez tenha sido o que melhor homenageou os épicos de outrora, Tróia (2004), que se preocupava mais com a beleza de Brad Pitt do que com qualquer outra coisa, 300 (2007), que tinha uma interessante e bem utilizada mescla de cinema e HQ, a bomba intitulada Imortais (2011) e Noé (2014), só para citar alguns.
E para você, qual destes épicos de Hollywood é o melhor? Comente conosco!