Entrevistamos o dublador de Kratos e Johnny Bravo

dublador de kratos

Entrevistamos o dublador de Kratos e Johnny Bravo! Sim minha gente. Ricardo Juarez é o dono da imponente dublagem destes personagens e de tantos outros, como o narrador de Digimon, o computador de Coragem – O Cão Covarde, que ele cita como um dos menos trabalhosos que já dublou “porque não tinha grande mistério em fazê-los”, além de vários filmes de Will Ferrell, que juntamente com Hellboy transformaram-se nos mais desafiadores da carreira.

A nova aventura de Kratos chega ao PS4 em 22 de março deste ano. Portanto, sem maiores delongas e já agradecendo a atenção e o carinho de Ricardo Juarez com o Cinema e Pipoca, vamos para a entrevista na íntegra:

Cinema e Pipoca: Como foi o processo para ter a oportunidade de dublar o Kratos?

Ricardo Juarez: A oportunidade de dublá-lo foi bem parecido com a de qualquer projeto. Fui chamado para um teste, ainda no Ascension e foi um teste dificílimo. Dublei o personagem em Ascension e Battle Royale, que é um jogo de luta. E pronto né! Virei o Kratos. E aí, fiquei na expectativa, pois não sabia se iria fazer ou não este novo jogo, por uma série de questões. Aí surgiram questões do tipo: “trocou o dublador americano, isso influencia?”. Não! Para se ter uma ideia, eu fiz um personagem chamado Capitão Átomo, no Liga da Justiça e o dublador americano foi trocado três vezes e eu fui mantido. Ou seja, o fato de trocarem o dublador lá, não quer dizer que acontecerá o mesmo aqui.

Entrevistamos o dublador de KratosCinema e Pipoca: E como chegou na voz para o personagem?

Ricardo Juarez: O que eu fiz foi pesar a voz, eu fabriquei a voz e usei um tom mais maduro para que combinasse com o Kratos atual. Isso são técnicas vocais que todo dublador tem para deixar a voz mais leve para personagens jovens ou mais pesada para personagens mais envelhecidos.

Cinema e Pipoca: Você conhecia a franquia de God of War antes de dublar Kratos?

Ricardo Juarez: Sim, conhecia! Sou gamer desde meus 7 ou 8 anos de idade. Eu tive o Telejogo, depois peguei um Atari, lá atrás e tive outros inúmeros consoles. Nunca fui fã de esportes e por isso, acho que sempre fui muito ligado a vídeo games. 

Cinema e Pipoca: Johnny Bravo ou Kratos, por qual personagem você é mais reconhecido?

Ricardo Juarez: Com certeza Johnny Bravo. De vez em quando, eu estou num evento de animê e as pessoas falam: ‘é o dublador do Kratos’. Mas sou mais conhecido pelo Johnny Bravo.

Cinema e Pipoca: Você já dublou alguns filmes do Van Damme e do Robert Patrick. Quando faz muitos trabalhos de um mesmo ator, torna-se mais fácil dublá-lo da próxima vez?

Entrevistamos o dublador de Kratos

Ricardo Juarez: De certa forma, quando você faz um ator, por exemplo, o Will Ferrell, que eu fiz mais vezes que o Van Damme e o Robert Patrick, você acaba pegando os trejeitos dele, a forma e o ritmo como ele fala. Então se torna mais fácil sim. E longa metragem, normalmente é só de dois em dois anos.

Em relação ao Van Damme, eu fiz alguns filmes sim, mas nunca assisti em lugar nenhum. E eu nem em considero a voz oficial destes dois que você mencionou. De vez em quando me chamam para fazer a voz do Robert Patrick, mas é raro, pois ele já está bem mais velho do que eu e por isso minha voz não caiba tanto. 

Cinema e Pipoca: Antigamente havia certo preconceito em relação à dublagem. Acha que hoje em dia isso mudou?

Ricardo Juarez: Eu entendo que existam pessoas que preferem o legendado e respeito totalmente. Acho que cada um tem que assistir o que quiser e como quiser. Mas eu acho que mudou. Hoje em dia temos vários canais como TNT, Telecine Pipoca e etc., e eles não existiam há alguns anos. Se eles estão aí e se nós fazemos muita coisa dubladas para cinema e antigamente não era assim, deve ter crescido este interesse das pessoas. Acredito que o que deva existir é uma possibilidade de escolha.

Entrevistamos o dublador de Kratos, Ricardo Juarez. Mas você pode nos sugerir outras entrevistas. Comente conosco!

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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