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ENTREVISTA COM MARCELO GALVÃO, DIRETOR DE COLEGAS

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Tivemos a honra de fazer uma entrevista com Marcelo Galvão, diretor de Colegas. E mostramos tudo para você a partir de agora, então, continue conosco!

Entrevista com Marcelo Galvão

Fale um pouco sobre sua carreira como diretor até chegar em COLEGAS.

Marcelo Galvão: Trabalhei durante alguns anos como redator publicitário na J. Walter Thompson até que um dia resolvi pedir demissão, vender meu carro e ir para NY fazer cinema. Fiquei um ano morando em uma academia em Manhattan, dormindo no tatame e dando aulas de Jiu-Jitsu para pagar meu curso e comprar minha primeira câmera, uma TRV-900 da Sony (uma das primeiras câmeras 3CCD). No final de 99, meu pai teve um problema de saúde e voltei para o Brasil.

Cheguei em uma quarta-feira e na quinta já me chamaram para um freela na Thompson, era uma concorrência de Santander. Trabalhei duas semanas direto até tarde, inclusive no dia do meu aniversário, não ganhamos a conta, mas recebi uma proposta para voltar como redator, ganhando o dobro do que eu ganhava. Naquele momento, eu estava zerado, sem um puto e aquele dinheiro seria muito importante pra mim, mas resolvi arriscar, não aceitei e fui tentar a vida de diretor.

A primeira produtora que trabalhei foi na Espiral, de onde tinha saído muita gente boa como a Flavia Moraes, Hugo Prata, entre vários outros. Graças à força do André Pinho (diretor de criação da Thompson na época) e de outros criativos amigos meus, comecei a filmar bastante. Assim fui me estabelecendo e ganhando um repertório bacana como diretor.

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E como foi sua migração para o cinema

Como vinha de redação em uma agência que fazia muito filme, gostava muito de escrever roteiros, por isso, além de dirigir publicidade, resolvi escrever os meus próprios projetos. O primeiro foi o Fábulas, um longa tão caro que até hoje nunca realizei. Por isso,meu segundo projeto teve que ser escrito do tamanho do meu bolso. Escrevi o Quarta B, um filme que se passa todo dentro de uma sala de aula – tudo para facilitar a viabilização desse projeto.

Mas muita coisa deu errado: os produtores pediram demissão um dia antes das filmagens, o técnico de som pegou malária, o fotógrafo abandonou o set antes de começarmos a rodar o longa, a diretora de arte (minha mulher) saiu, porque achou que o projeto não ia dar certo, a polícia invadiu o set e o filme teve que ser feito em seis dias. Depois de filmado, não achei quem quisesse montar o Quarta B, então tive que fazer um curso de edição pra montar sozinho. Entre trancos e barrancos, o Quarta B foi selecionado para um dos maiores festivais brasileiros de cinema, a Mostra Internacional de São Paulo e venceu o festival com o prêmio de público. Ganhou prêmio no Chile, foi pra Paris, Londres, Toulouse, entre vários outros festivais importantes.

Como surgiu a ideia do roteiro? E desde o primeiro tratamento vocês já imaginaram ter protagonistas com Síndrome de Down?

MG: Passei grande parte da minha infância convivendo com um tio Down e sempre fui apaixonado pelo jeito como ele enxergava o mundo. A pureza, o carinho e amor que ele transmitia a todos que o cercavam, sempre de forma bem humorada, era algo que quis passar adiante. Por isso, há cinco anos resolvi escrever um roteiro divertido, pra cima e protagonizado por atores Down.

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Conte-nos um pouco sobre o trabalho de escolha dos atores e da preparação que o trio de protagonistas passou, antes que as câmeras começassem a rodar.

MG: O Ariel e a Rita iniciaram os ensaios semanais em meados de 2008. Como ainda estávamos na luta por patrocínio, fazíamos laboratórios toda quinta-feira à noite para que nosso sonho não acabasse. Para encontrarmos o terceiro protagonista, fizemos inúmeros testes com mais de 300 jovens Down, até encontrarmos o jovem com o perfil mais adequado para o personagem. Foi assim que o Breno se uniu ao grupo poucos meses antes das filmagens. Nesse período, intensificamos os ensaios e a leitura do roteiro para que todos estivessem afiados e entrosados na hora da filmagem.

Foi muito difícil conseguir apoio de investidores para o projeto? Sentiu algum tipo de preconceito da parte de alguns?

MG: Sim, porque há muitos produtores em busca de patrocínio e poucas empresas que realmente usam dinheiro incentivado no cinema. Além disso, tivemos que enfrentar o preconceito de executivos que alegavam não ter interesse em associar a marca à síndrome de Down ou diziam que o filme não estava alinhado aos “corevalues” da empresa. Isso eu descobri com o tempo. Era muito difícil, falavam: “ah não, um filme sobre Down…”, e na verdade o longa nem é sobre isso.

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Colegas fala sobre amor, amizade, superação. É um filme bem-humorado, para cima. A ideia é que você entre no cinema e mergulhe na história, esquecendo que eles têm Down. Acho que essa é a maior inclusão social: a gente tem três pessoas com síndrome de Down atuando e não três personagens com Síndrome de Down.

O filme foi exibido em algum festival? Se sim, qual a sua sensação e a reação dos espectadores ao vê-lo na tela grande?

MG: Colegas acabou de ser finalizado e estamos inscrevendo o filme em grandes festivais no Brasil e exterior. Devemos ter novidades em breve, pois o longa está maravilhoso. É uma super produção, rodado em película no Brasil e Argentina, com atores globais de peso, três protagonistas Down e outros 60 jovens Down no elenco de apoio. Queremos que as pessoas embarquem na história e curtam a aventura. Colegas é um filme alto astral que fala de amor, amizade e sonhos. Um filme pra você rir, se emocionar e torcer por nossos heróis.

Entrevista com Marcelo Galvão

O que falta para o espectador brasileiro em geral se apaixonar verdadeiramente pelo cinema daqui? E além disso pergunto, até que ponto as Leis de Incentivo à Cultura (que são revertidas para as obras cinematográficas) são importantes?

MG: Falta espaço para mais filmes brasileiros serem vistos. Hoje menos de 10% dos filmes nacionais entram em um circuito competitivo no Brasil. As leis são muito importantes até criarmos uma indústria forte para não dependermos mais delas, assim poderemos produzir nossos filmes com o dinheiro das bilheterias.

Quando o filme COLEGAS entra nos cinemas nacionais? E será exibido em quantas salas?

MG: Ainda não temos data precisa do lançamento, mas acredito que será no segundo semestre deste ano. Planejamos uma grande divulgação quando tivermos novidades.

Já tem outros projetos engatilhados para um futuro próximo? Se sim, poderia comentar sobre eles?

MG: Sim, temos vários outros projetos incríveis em vista, mas ainda não sabemos qual deles vamos viabilizar primeiro.

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Editor CP

ENTREVISTA E TOP CP – 7 FILMES RECENTES TIRADOS DE LIVROS INFANTIS

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Hoje, dia 02 de abril, comemoramos o Dia Mundial do Livro Infantil. O gosto pela leitora começa desde cedo e vale a pena os pais incentivarem sempre seus filhos e lerem juntos as mais variadas obras. Além da lista de filmes, que dá nome à postagem, segue uma entrevista com Christian David, autor de livros juvenis como ‘A Menina que Sonhava com os Pés’

– ONDE VIVEM OS MONSTROS (2009)

ONDE VIVEM OS MONSTROS 2009


Baseado no livro de Maurice Sendak, ‘Onde Vivem os Monstros’ é um filme que deve ser redescoberto o quanto antes. Há muito simbolismo para pontuar o rito de passagem da criança para a adolescência, sem contar a forma delicada com que o roteiro nos mostra a solidão e ao mesmo tempo, os subterfúgios criados pela mente da criança. Pequeno grande filme.

Saiba mais da lista e a entrevista especial sobre o Dia Mundial do Livro Infantil
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Entrevista com Rosane Svartman sobre a série Vicky e a Musa, que estreia hoje (19), no Globoplay

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Entrevista com Rosane Svartman

A partir de hoje (19), os assinantes do Globoplay poderão acompanhar as aventuras e descobertas dos jovens e adolescentes de Vicky e a Musa, com a estreia da primeira parte da temporada. Por isso, essa entrevista com Rosane Svartman (criadora e escritora do programa) é mais do que bem vinda!

Com direção artística de Marcus Figueiredo, a série mostra a importância da arte na vida das pessoas. “Todo mundo tem um filme que marcou a sua vida, uma música que lembra alguém especial, um livro que nunca esqueceu. Esta é uma série não só sobre quem faz arte, mas sobre como nós somos permeáveis a ela e à cultura como um todo, e como isso faz com que a gente se entenda nesse mundo e entenda melhor o outro. A arte nos faz humanos”, conceitua Rosane.

No primeiro musical criado e produzido pelos Estúdios Globo, se destacam os dilemas da adolescência – uma época em que “tudo parece o fim do mundo e, na verdade, é apenas o começo”, nas palavras da autora, e o amadurecimento dos jovens adultos, já que a trama passeia também por suas escolhas profissionais que se sobrepõem aos sonhos, pela entrada no mercado de trabalho, pelos relacionamentos que se transformam ao longo do tempo, entre outras questões.

Antes da entrevista com Rosane Svartman, vamos conferir a sinopse e o elenco da série!

Entrevista com Rosane Svartman
créditos: Globo / Estevam Avellar e Camila Maia

Sinopse de Vicky e a Musa

O fio condutor dessa história sobre o poder transformador da arte é Vicky (Cecília Chancez), uma jovem estudante cheia de sonhos, que sempre foi apaixonada por música e dança e tenta entender seu lugar no mundo com a chegada da adolescência.

Ela e Luara (Tabatha Almeida) sempre foram grandes parceiras, mas a relação das duas está abalada desde que Luara resolveu deixar a amiga de lado, sem qualquer motivo aparente, e passou a ignorá-la após a morte da mãe durante a pandemia de Covid-19.

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Cansada dessa vida solitária e reagindo às provocações de Luara, Vicky desabafa na praça do bairro e, enquanto suas palavras carregadas de sentimento são ditas no timbre mais forte de sua voz, uma brisa intensa levanta a poeira no local e chama a atenção de todos.

O significado disso nem ela mesma sabe, mas seu pedido de socorro está prestes a ser atendido por Euterpe (Bel Lima), a musa da música segundo a mitologia Grega e uma das figuras que mais chama sua atenção nas aulas lecionadas por Isa (Malu Rodrigues), irmã de Luara.

Com inúmeros artistas que se tornaram ícones da música graças aos seus encantos, a filha de Zeus chega à Terra trazendo apenas um propósito: inspirar Vicky para, através dela, arrebatar outras pessoas e, consequentemente, todo o bairro de Canto Belo.

Junto de sua chegada, uma aura de magia toma conta do local, sinalizando que algo muito poderoso está prestes a acontecer: conforme Euterpe caminha pelas ruas, ela inspira as pessoas com sua purpurina mágica, que cantam com ela a música “O Sol”, de Vitor Kley, no primeiro de muitos clipes que embalam a trama.

Assim, a deusa, que chega um pouco perdida porque não pisa no planeta Terra há muito tempo, se encanta pela vizinhança. Sem que ninguém saiba que ela é uma divindade, Euterpe tem papel fundamental na transformação de Canto Belo, já que enxerga nos indivíduos algo que eles mesmos não veem. Apesar da disposição e de estar munida de sua purpurina mágica do entusiasmo, a musa da música logo percebe que a tarefa não vai ser nada fácil.

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Para sua surpresa, e ao mesmo tempo, decepção, seu irmão Dionísio (Túlio Starling), deus do teatro, também volta à Terra. Com um jeito excêntrico e ao mesmo tempo atrapalhado, ele tem certa dificuldade de interagir com os humanos. Eles não compreendem suas piadas milenares e seu humor incomum. Dionísio vai provocar muita confusão e, algumas vezes resolver empecilhos, com seu dom de se transformar em outras pessoas.

É no teatro abandonado da região que os irmãos decidem se refugiar. E é, então, nesse lugar ‘sagrado’ que cada jovem envolvido no processo transformador de Canto Belo vai se reconectar com a sua essência ao longo dos episódios. Um efeito cascata terá início com a chegada dos deuses, por meio da arte, e vai propor aos personagens uma jornada de reencontro consigo mesmos e de reconexão em suas relações sociais.

O elenco da série

O elenco da série, cuja segunda temporada tem previsão de estreia em dezembro, tem nomes conhecidos do público nas redes sociais, teatro, cinema e da TV. Além de Cecilia Chancez, Tabatha Almeida, Bel Lima e Túlio Starling, o musical conta ainda com Nicolas Prattes, João Guilherme, Cris Vianna, Dan Ferreira, Jean Paulo Campos, Malu Rodrigues, Hilton Cobra, Pedro Guilherme Rodrigues, Leticia Isnard, Manu Estevão, entre outros. Os episódios finais da primeira temporada chegam ao Globoplay no dia 26 de julho.

Entrevista com Rosane Svartman
créditos: Globo / Estevam Avellar e Camila Maia

Então, sem mais delongas, vamos para a entrevista com Rosane Svartman.

Entrevista com Rosane Svartman

Como descreve a série ‘Vicky e a Musa’ e os elementos que funcionam como fio condutor da história?

  • Rosane: ‘Vicky e a Musa’ é uma série que valoriza a arte e a cultura, e mostra como isso pode transformar pessoas e como pessoas transformam territórios. Não é uma história apenas sobre quem faz arte, mas sobre como nós somos permeáveis à arte e cultura, e como isso faz com que a gente se entenda nesse mundo e entenda o outro. Arte é também empatia. Em ‘Vicky e a Musa’, o território também é protagonista, além das pessoas que vivem ali. Ao longo da trama, Canto Belo se transforma, assim como suas personagens. Mas Vicky (Cecilia Chancez) tem extrema importância nesse processo, ela é o fio condutor. É a personagem que sente falta de alguma coisa naquele lugar que nem sabe direito o que é e, sem querer, chama a musa da música. E é a partir da chegada de Euterpe (Bel Lima) que as pessoas e o território são transformados através da arte.

De que forma o gênero musical influencia na escrita da obra?

  • Rosane: Influencia muito, porque as músicas precisam ajudar a contar a história e a retratar aquele momento de cada personagem. Acredito que o cancioneiro brasileiro é muito rico e viaja o mundo. Temos artistas incríveis, uma diversidade muito bacana e nós da equipe de roteiro e pesquisa tentamos trazer isso para a série, com músicas de várias épocas e gêneros, mas que precisavam caber na narrativa.

O Teatro Parnasus é um dos principais cenários da série. Qual é a importância desse lugar para a trama?

  • Rosane: O teatro começa abandonado até que os jovens o ocupam com a inspiração dos deuses da arte, e, à medida que vão se transformando e transformando o teatro, eles entendem que a arte vai além daquelas paredes e cadeiras.

E a última questão da entrevista com Rosane Svartman é: o que o público pode esperar de ‘Vicky e a Musa?

  • Rosane: Espero que o público se inspire. Acho que ‘Vicky e a Musa’ faz a gente pensar sobre o nosso cotidiano, sobre a nossa realidade e como a arte está presente em nossas vidas. Espero que seja uma série lembrada também por alegrar a vida das pessoas.

E então, o que achou dessa Entrevista com Rosane Svartman sobre a série Vicky e a Musa?

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Entrevista com Ivo Lopes Araújo, diretor de fotografia do longa “Casa Vazia”

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casa vazia Ivo Lopes Araujo credito arquivo pessoal

O Cinema e Pipoca recebeu um material exclusivo, com uma entrevista com Ivo Lopes Araújo, um dos mais aclamados diretores de fotografia da atualidade no país. O cearense ajustou o foco e enquadrou as cenas de recentes sucessos do cinema brasileiro, como GirimunhoTatuagemGreta. Também integrou a equipe do internacionalmente premiado Bacurau

O mais novo trabalho do fotógrafo é o longa-metragem Casa Vazia, que chega aos cinemas neste fim de semana em São Paulo, Campinas, Porto Alegre, Natal, Palmas e no Rio de Janeiro. Por esse filme, Ivo conquistou um Troféu Redentor, no Festival de Cinema do Rio de Janeiro em 2021, e um Kikito, no Festival de Gramado no ano passado.  

Rodada em Santana do Livramento (Rio Grande do Sul) e Rivera (Uruguai), a produção aborda o empobrecimento da população em áreas agrícolas marcadas pelo avanço da tecnologia e das desigualdades sociais.

Dirigido por Giovani Borba e definido como um neo-western pela revista Variety, o filme explora uma linguagem híbrida entre ficção e documental e tem como protagonista um não-ator, Hugo Noguera, que é um ex-peão de estância.

Entrevista com Ivo Lopes Araújo
Cartaz Casa Vazia

Confira a entrevista com Ivo Lopes Araújo, sobre o longa Casa Vazia

Casa Vazia foi sua estreia em um filme rodado no pampa gaúcho. Como foi essa experiência?

Ivo: Foi a primeira vez que eu filmei nos pampas gaúchos. Foi incrível porque tem uma luz muito suave. Então durava horas do dia aquela luz suave. Tudo fica muito colorido. Os contrastes ficam certinhos, é uma paisagem incrível mesmo. Mas acho que a paisagem é usada a serviço do filme. E aí tem um trabalho que eu acho que é coletivo. Pra mim, foi um privilégio estar filmando nesse lugar, nessa época, e pra contar essa história. Tudo estava casando muito bem.

Como foi transpor para a tela a imensidão dos campos e essa sensação de vazio que permeia toda a trama? 

Ivo: É impressionante como a natureza é forte na imagem. Ela traz tantas sensações. Acho que é nosso inconsciente, nossa memória ancestral que faz com que a gente se relacione com aquilo num lugar muito poderoso. É impressionante como, dependendo da história que se cria, da trama, você pode ter uma sensação de plenitude com a natureza, de solidão. Então, ela amplifica o gesto humano e o que a dramaturgia tá contando. No caso desse personagem silencioso e desse vazio que o filme cria, a natureza é usada para expandir isso, levar para um lugar maior. E funciona muito bem. O que poderia ser uma paisagem bucólica, se torna uma paisagem quase opressora pela sensação de solidão e de vazio que o personagem tá vivendo. É bem interessante o uso da natureza para tornar esse sentimento maior.

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casa vazia Credito Panda Filmes
Crédito: Panda Filmes

Você conquistou um Troféu Redentor e um Kikito com Casa Vazia. Em diversas cenas, a fotografia parece ser a única personagem que dialoga com o protagonista. Essa foi a sua intenção?

Ivo: É bem importante entender que o trabalho de composição da imagem do filme e a forma como ela ajuda na dramaturgia não é um trabalho só do fotógrafo. É um trabalho do diretor de arte, a escolha das locações, o figurino que o ator tá usando numa uma paisagem verde, o próprio ator, a entrega dele, o diretor que tá arquitetando tudo isso. Fico muito lisonjeado com os prêmios de fotografia. Mas é muito importante expandir e entender como essa paisagem natural e essas imagens se tornam poderosas.

É o trabalho de uma equipe toda, a equipe de fotografia, que tá ali junto iluminando, pensando os movimentos, trabalhando o foco, fazendo a imagem se constituir fisicamente mesmo. Não só os elementos de conceito, mas a mão na massa. A câmera estar no lugar certo, os movimentos de câmara, os travellings. Tem um trabalho de botar a mão na massa e materializar a imagem. E que o fotógrafo também não faz sozinho.

E quais são os seus próximos projetos?

Ivo: Tem um filme que foi rodado ano passado na África entre Mauritânia e Guiné Bissau, dirigido por um realizador português, Pedro Pinho. Amanhã será outro dia é um filme enorme, nunca tinha participado de uma produção tão grande. Foram vinte semanas de filmagem, um roteiro muito grande e uma história muito interessante.

Eu tô bem curioso e ansioso pra ver esse filme pronto e na tela. Tô agora em fase de finalização e colorização do filme dirigido pela Clarissa Campolina e pelo Sérgio Borges, que se chama Fera na Selva. Também foi um grande prazer trabalhar de novo com esses realizadores.

E então, o que achou dessa entrevista com Ivo Lopes Araújo? Comente com a gente em nossas redes sociais!

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