Crash – No Limite, talvez um dos piores filmes a faturar o Oscar Principal
Alejandro Iñarritu, para o bem ou para o mal, mostrou aos espectadores convencionais o quanto um roteiro entrecortado poderia surpreendê-los. Além do que, quanto um dramalhão bem amarrado chocaria e emocionaria até os corações mais frios. Foi assim com Amores Brutos, 21 Gramas e Babel.
Então, Paul Haggis, excelente roteirista de Menina de Ouro, resolveu dirigir algo parecido, como se fosse um estagiário de Iñarritu, e o resultado disso foi Crash – No Limite.
O drama salpica um pouco de fé aqui, desespero ali e muita, mais muita lágrima acolá. Se Haggis tinha a intenção de transformar Los Angeles num personagem, errou feio e só conseguiu ofuscá-la cada segundo mais.
Outro detalhe infantil foi a escolha de boa parte do elenco. A começar por Sandra Bullock (Gravidade) e Brendan Fraser (A Múmia), que estão insossos. Bem como o ‘rostinho fofo’ de Ryan Phillipe (Assassinato em Gosford Park), além de Matt Dillon (Quem vai Ficar com Mary?) e Don Cheadlle (Hotel Ruanda), que seguram as pontas.
Dizer que é o pior filme a faturar o Oscar principal, poderia parecer perseguição de minha parte. Mas o tempo falará por si e colocará Crash – No Limite no seu devido lugar. Só mesmo a Academia e seus conceitos estranhos para deixar O Segredo de Brokeback Mountain de lado.
Sinopse de Crash – No Limite:
Após um grave acidente de carro em Los Angeles, uma onda de discriminação racial, de classe e crenças são desencadeadas. Desde um policial corrupto, sem esperanças de futuro, passando por um pai de família frente a frente com uma situação de risco, até uma mulher que é abusada.
NOTA: 5,0
ORÇAMENTO: 6,5 Milhões
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