ALABAMA MONROE

ALABAMA+MONROE

‘Alabama Monroe’ é, ao lado de ‘Gravidade’, o melhor filme escolhido pela Academia neste ano de 2014. Denso sem ser clichê e com atores incríveis, o diretor Felix Van Groeningen molda um emaranhado de emoções ao longo de pontuais 100 minutos e estuda a dor da perda de um filho e como isso pode afetar um casamento.

A trilha sonora, ritmada pela levada do blues e do country é poesia para os ouvidos, sem contar que a edição, principalmente no primeiro ato, com idas e vindas no tempo, lembra muito ‘Namorados para Sempre’. Elise utiliza seu corpo e suas tatuagens, como uma maneira de transpor suas alegrias – e futuramente suas frustrações –, levando consigo sonhos e uma certa inocência, ao contrário de Didier, que vai contra instituições religiosas e determinados tipos de governos – sua indignação para com os Estados Unidos, logo após George Bush vetar os estudos das células tronco é incômodo para o espectador também.

Porém, ao tentar gritar para o mundo todo o descontentamento de seus personagens – e talvez o seu próprio –, Groeningen perde a mão ao traçar atitudes que ao invés de parecerem desesperadas, tendem apenas a transformar-se num exagero.

Após algum tempo vivendo juntos, Elise, uma tatuadora e Didier, um músico, têm uma filha de forma inesperada, chamada Maybelle. Ao completar 6 anos, acabam descobrindo que a garotinha têm câncer e agora lutarão com todas as forças para salvar sua vida.

Por fim, fiquei impressionado ao notar o quanto ‘Alabama Monroe’ e ‘Philomena’ encaixam-se direitinho nos quesitos de religiosidade – ser cético ou acreditar naquilo que você nunca viu? –, esperança e força de vontade. É um filmaço, duro em seu contexto, mas que em sua simplicidade deixa um nó na garganta de qualquer cinéfilo que se preze.

Título Original: The Broken Circle Breakdown
Ano Lançamento: 2012 (Bélgica/Holanda)
Dir: Felix Van Groeningen
Elenco: Veerle Baetens, Johan Heldenbergh, Nell Cattrysse, Geert Van Rampelberg, Nils De Caster, Robbie Cleiren

ORÇAMENTO: —
NOTA: 9,5

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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