ATÉ O FIM

All is Lost

Robert Redford é um ator camaleônico, tanto que consegue mesclar trabalhos que batam de frente com a politicagem norte-americana (‘Leões e Cordeiros’), que sejam blockbusters (‘Capitão América – O Soldado Invernal) ou que consigam transmitir muito suspense e dramaticidade – além de levar o filme todo nas costas – como é o caso deste ‘Até o Fim’.

O melhor de tudo neste trabalho dirigido pelo jovem J.C. Chandor (Margin Call – O Dia Antes do Fim), é o fato de desconhecermos todo o passado do protagonista, como se apenas as coisas que acontecerem dali em diante forem realmente importantes. Praticamente não há diálogos e toda emoção se apresenta nas feições de Redford, que na maior parte das vezes agrada, mas também dá pequenas escorregadas, deixando algumas ações pouco naturais.

Cada detalhe é pontuado vagarosamente – algo que Hollywood está desacostumada a ver – nos pouco mais de 100 minutos de projeção, portanto, não há um clímax insano como vemos em ‘Mar em Fúria’, por exemplo, mas sim uma forma delicada de falar sobre a solidão e, porque não, o desapego.

Um navegador que passa o filme todo sem que saibamos seu nome, viaja pelo Oceano, mas dá de encontro com um container que destrói parte de seu barco. De forma bastante precária arruma o casco, porém, o remendo não suporta as fortes ondas noturnas. Agora, terá que sobreviver aos tubarões e contar com a sorte para que alguma embarcação venha em seu encontro.

A trilha sonora é belíssima e todos os ângulos mostrados debaixo da água exploram bem a magnitude e os perigos do ambiente. ‘Até o Fim’ não mudará a vida de nenhum cinéfilo e nunca imaginou-se que o faria, mas transforma-se numa das boas escolhas que a Academia fez para o Oscar 2014.

Título Original: All is Lost
Ano Lançamento: 2013 (Estados Unidos)
Dir: J.C. Chandor
Elenco: Robert Redford

ORÇAMENTO: 9 Milhões de Dólares
NOTA: 7,5

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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