A TEORIA DE TUDO
Se você está procurando um filme que explique tim-tim por tim-tim todas as teorias e conceitos de Stephen Hawking, aqui não é seu lugar. Sabiamente, o diretor inglês James Marsh, passa apenas superficialmente por estes episódios e relata muito mais a luta contra sua doença degenerativa e o amor incondicional entre ele e Jane Hawking.
Mesmo bastante quadrado em certas escolhas, o roteiro é cativante e tem na dupla de protagonistas, vividos por Eddie Redmayne e Felicity Jones seu grande trunfo. O ator é o próprio Hawking e passa por uma transformação brilhante e ela tem uma meiguice e beleza que ultrapassam a tela e chega no coração do espectador.
O amor, no fim das contas, acaba sendo a fórmula para que tudo sobreviva – desde a vida do próprio Hawking, passando pelas suas teorias e explicações, até chegar no casamento –, mas mesmo assim, acaba se desgastando e transformando Jane numa mulher triste e fadada a cuidar dos filhos pequenos e do marido acamado.
Baseado no livro escrito por Jane, conta como ocorreram as primeiras descobertas do jovem na Universidade, sobre o tempo e a relatividade, a paixão por uma amiga e a descoberta da doença aos 21 anos de idade.
A bela fotografia e a sutil inserção de Jonathan Hellyer fazem de ‘A Teoria de Tudo’ uma homenagem e tanto a este pequeno grande homem. Todas as taras do astrofísico, já conhecidas do grande público, foram apenas levemente mostradas, mas isso é compreensível. Nada de fórmulas, pois aqui, Marsh quer salientar o homem e não o gênio.
Título Original:The Theory of Everything
Ano de Lançamento: 2014 (Reino Unido)
Dir: James Marsh
Elenco:Eddie Redmayne, Felicity Jones, Charlie Cox, Harry Lloyd, Adam Godley, Enzo Cilenti, Maxine Peake, Charlotte Hope, Emily Watson
ORÇAMENTO: 15 Milhões de Dólares
NOTA: 8,0
Indicações ao Oscar: Filme, Ator (Eddie Redmayne), Atriz (Felicity Jones), Roteiro Adaptado, Trilha Sonora
Por Éder de Oliveira
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