A HISTÓRIA DA ETERNIDADE

a historia da eternidade

Existe uma certa barreira, não de todos, mas de grande parte da população brasileira em reconhecer a qualidade dos filmes que são produzidos aqui, uma pena, pois perdem histórias que não deixam nada a desejar a nenhum outro país – mesmo sabendo das bombas nacionais.

‘A História da Eternidade’ é exemplo desta renovação e Camilo Cavalcante, que dirige seu primeiro longa metragem, leva o espectador a uma profusão de sentimentos tão singelos e puros que fica impossível não se emocionar. Irandhir Santos, o Fraga de ‘Tropa de Elite 2’, arranca aplausos ao interpretar a música Fala, do grupo Secos e Molhados e lágrimas quando, em pleno sertão ‘recria’ o mar para sua sobrinha.

A fotografia expõe as mazelas da seca, em contrapartida a alma do povo nordestino aparece em cada cenário e diferentes formas de amor são inseridas no roteiro, a primeira mostra a viúva Querência (Marcelia Cartaxo), que luta de todas as maneiras para afastar um rapaz cego apaixonado por ela, a segunda e talvez a mais complexa, retrata um ciclo entre a necessidade de Das Dores (a ótima Zezita Matos), uma idosa, de ser amada e de seu neto, que voltou fugido de São Paulo, em ter uma proteção matriarcal por perto e por último Joãozinho, um artista que não tem seu trabalho reconhecido, e sua sobrinha Alfonsina (a linda Débora Ingrid).

Lá pelas tantas, a chuva cai no sertão e é onde o clímax acontece, provando que todos os pecados podem ser redimidos, por mais dolorosos e impossíveis que possam parecer. ‘A História da Eternidade’ já pode ser considerada uma obra prima do cinema nacional e ao lado de ‘Cine Holliúdy’ nos fazem compreender que o amor pela arte é universal.

Título Original: A História da Eternidade
Ano Lançamento: 2014 (Brasil)
Dir: Camilo Cavalcante
Elenco: Irandhir Santos, Marcelia Cartaxo, Zezita Matos, Débora Ingrid, Claudio Jaborandy, Maxwell Nascimento

ORÇAMENTO: —
NOTA: 10,0

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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