O Labirinto do Fauno: a obra máxima de Guillermo del Toro
Guillermo del Toro usa e abusa dos atores mirins em suas tramas lotadas de estilo, ambientações ímpares e atuações soberbas. Logo depois do cultuado A Espinha do Diabo, ele foi para Hollywood filmar o razoável Hellboy e agora, volta às origens, com uma obra prima irretocável e um dos melhores filmes de 2007. Estou falando de O Labirinto do Fauno, vencedor de 3 Oscars (Direção de Arte, Maquiagem e Fotografia).
Numa era de clichês infinitos, o mexicano conseguiu se desfazer deles e, portanto, nos presentear com um roteiro que mescla a seriedade e inconstância dos adultos, com a inocência e os sonhos das crianças.
Outro detalhe que me encantou muito foi o idioma. O espanhol soa como música aos ouvidos mais atentos, somando pontos à obra. Bem como os efeitos especiais, que dão conta do recado. Quer mais? A maquiagem é impecável, os diálogos (hora lembram contos de fadas, hora a realidade) e os extras na versão em DVD.
Poucas produções atuais trazem uma força tão gritante quanto O Labirinto do Fauno. E poucos diretores tem tanta competência e segurança na hora de equilibrar vários gêneros num filme só. Faltou uma indicação para melhor filme (está em pé de igualdade com Os Infiltrados)!
Sinopse de O Labirinto do Fauno:
Na Espanha fascista e violenta, vive Ofelia (Ivana Baquero, sensacional). Além disso, somos apresentados à sua mãe, que espera um filho, e ao padrasto, comandante das tropas que matam os ‘desertores’ e que se importa apenas com seu futuro herdeiro. A garota encontra, no meio da floresta, um fauno. A criatura acredita que ela seja a reencarnação da princesa de seu mundo e a fará passar por três tarefas.
ORÇAMENTO: 5 Milhões de Dólares
8 comments