Assim como A Era do Gelo, a franquia Meu Malvado Favorito morreu faz tempo. Já não tem graça, não tem carisma e o pior, não tem história. Se o primeiro filme, de 2010, era um sopro de novidade que trazia Gru, Agnes e os Minions, não podemos dizer o mesmo de sua sequência de 2013, lançada a toque de caixa, deixando o vilão careca como coadjuvante e colocando as criaturas amarelas para fazerem graça durante noventa minutos.
O que esperar então deste Meu Malvado Favorito 3, que já faturou incríveis 720 milhões de dólares pelo mundo? Nada. E é até difícil escrever um texto sobre um projeto tão dolorosamente ruim, pois diferentemente de Carros 3, por exemplo, que insere coadjuvantes incríveis, aqui nada dá certo, a motivação do vilão é tola e todas as situações que deveriam ser engraçadas farão você bocejar.
Há todo custo os diretores Eric Guillon e Kyle Balda tentam agradar não só as crianças como também os adultos, com referências aos anos 80, tanto na trilha sonora quanto na batalha final com robôs gigantes dentro da cidade, mas é tudo jogado de maneira desordenada. A edição, aliás, é um problema a parte, pois ficamos perdidos com o sem número de arcos criados e deixados de lado logo depois.
Meu Malvado Favorito 3 é um caça-níquel gigantesco que continuará rendendo mais e mais continuações. Ainda bem que para cada projeto desses temos um projeto generoso e feito com toda paixão pela Pixar (tirando pequenos tropeços como Carros 2). Ah, fique atento nas dublagens de Leandro Hassum, como Dru e Gru e Evandro Mesquita, como o vilão Brett, o filme vale 3 por isso.
Sinopse de Meu Malvado Favorito 3
Gru está atualmente trabalhando na captura de vilões. Mas num certo momento surge em seu caminho Balthazar Bratt, ex astro dos anos 80 que volta a ativa com um plano maligno. No meio disso tudo, o protagonista e sua família, juntamente com os Minions, descobrem que Dru é o irmão perdido (e com cabelo) de Gru e as coisas podem sair fora dos eixos após tudo isso.
Título Original: Despicable Me 3
Ano Lançamento: 2017 (Estados Unidos)
Dir: Kyle Balda e Eric Guillon
Vozes: Steve Carell, Kristen Wiig, Trey Parker, Miranda Cosgrove
ORÇAMENTO: 80 Milhões de Dólares
NOTA: 3,0
