Transformers: O Último Cavaleiro, a maluquice robótica

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Quando cheguei à cabine de imprensa de Transformers: O Último Cavaleiro minha expectativa era baixa. Tudo porque a franquia foi para um caminho tão maluco e desconexo (mesmo para os padrões dos blockbusters descerebrados) que ninguém se importa com os personagens alienígenas e muito menos com os humanos.

A contraponto disso, toda coragem de Michael Bay deve ser aplaudida, pois o diretor tem uma assinatura visual tão particular que fica fácil sabermos quais são seus filmes. Das duas uma: ou o problema esteja no momento de tirar a ideia inicial do papel ou então, a mente de Bay seja tão hiperativa e à frente de seu tempo, que nós, meros mortais, não conseguimos acompanhar sua genialidade.

Mas nem tudo é péssimo por aqui, pois a sequência inicial, numa batalha de capa e espada em planos abertíssimos, nos deixa com vontade de ver o diretor trabalhando em uma repaginação de Tróia, por exemplo. Tirando isso e outras duas boas sequências de luta, tudo é descontrolado, fora do controle, com cortes abruptos que não dão tempo do espectador entender quem está batendo em quem.

Aliás, essa falta de sentido não está presente apenas na ação, mas também nas aparições de John Turturro em Cuba (?!), de Laura Haddock como um mocinha em perigo que aparece com a roupa trocada sem a menor explicação e de Sir Anthony Hopkins como um coadjuvante de luxo.

Precisava de duas horas e meia de duração?

Se o roteiro permite passear entre vários momentos importantes da história (como os Cavaleiros da Távola Redonda, a 2ª Guerra Mundial e etc.) e recontar a origem de monumentos como as pirâmides do Egito ou a Stonehenge, a duração de duas horas e meia, os cortes abruptos e o clímax constante que não te deixarão respirar, são um grande ponto contra. E qual o motivo da frase “I am Optimus Prime” ser repetida 3 ou 4 vezes durante o longa? Ela é estilosa e imponente, mas não precisa de tanto.

Se compararmos Transformers de 2007 com este quinto capítulo, dez anos depois, a única coisa que se manteve no topo foram os protagonistas jovens. Isabela Moner tem tanta energia e carisma quanto Shia Labeouf, só espero que estes dotes sejam mais utilizados e deixem de lado a sensualidade exacerbada (especialidade de Hollywood com as garotas).

Transformers: O Último Cavaleiro será o último dirigido por Michael Bay e merece ser visto na maior tela possível apenas para quem é fã inveterado da franquia, caso contrário, passe longe!

Transformers - O Último Cavaleiro
Pôster do filme

Sinopse de Transformers: O Último Cavaleiro:

Bumblebee continua junto a Cade Yeager para ajudar outros Transformers que estão sendo caçados pelos humanos. Optimus Prime, que vaga pelo espaço, descobre que poderá trazer Cybertron de volta, utilizando um artefato que está na Terra. O líder dos Autobots se alia a Quintessa, a deusa criadora daquela espécie, para reconstruir seu planeta.

Título Original: Transformers: The Last Knight
Ano Lançamento: 2017 (Estados Unidos)
Dir: Michael Bay
Elenco: Mark Wahlberg, Isabela Moner, Josh Duhamel, John Turturro, Laura Haddock, Anthony Hopkins

ORÇAMENTO: 217 Milhões de Dólares
NOTA: 4,0

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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