O Atlanta Women’s Film Festival será palco da estreia mundial do filme baiano Nevrose, dirigido por Ana do Carmo e com produção executiva de Rubian Melo, ambas sócias da Saturnema Filmes.
A exibição acontece amanhã (26) em Atlanta, Geórgia (EUA), dentro da programação de um festival voltado à celebração do cinema feito por mulheres ou com foco em narrativas e personagens femininas. O evento segue com atividades até domingo (28).
A importância desta estreia internacional do filme baiano Nevrose
Para a diretora Ana do Carmo, levar o filme para Atlanta é um marco importante. “Ver nosso filme chegar a Atlanta é motivo de orgulho, sobretudo em um festival que celebra a assinatura artística de mulheres“, afirma. “Estar nesse espaço com uma obra concebida e realizada por uma equipe majoritariamente feminina e negra é reafirmar a potência e pluralidade do cinema baiano e brasileiro. Mais do que exibir um filme, é compartilhar perspectivas de mundo e repaginar imaginários“, completa a cineasta, destacando que a abordagem de temas existencialistas também faz parte da produção negra e feminina.
Com 16 minutos de duração, Nevrose é um suspense produzido pela Daza Filmes e Saturnema Filmes, com distribuição da Tarrafa Produtora e Distribuidora. O elenco traz Josi Varjão no papel principal, além de Tainah Paes, Sara Barbosa e Jota Silva.
Após a estreia internacional em Atlanta, o filme segue para o Brasil, onde será exibido no “Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul: Brasil, África, Caribe e outras Diásporas – 18 anos“, no Rio de Janeiro, ainda sem data definida. A exibição marcará a estreia nacional da obra.
Sinopse do filme baiano Nevrose
Inspirado nos contos Nevrose e A Suicida, da escritora oitocentista Délia, o curta é uma adaptação do episódio homônimo dirigido por Ana no longa coletivo Insubmissas. Na trama, a protagonista Francisca — médica atormentada pela culpa após a morte da filha — desenvolve uma obsessão por salvar vidas. Essa jornada toma um novo rumo quando ela encontra uma mulher que deseja tirar a própria vida e não quer ser salva, colocando Francisca diante de seus próprios limites emocionais e éticos.
