
É incrível notar a falta de mobilidade e preparo de Muccino na hora de comandar o elenco, e ‘Sete Vidas’ só não é ainda pior porque o protagonista e alguns coadjuvantes como Rosario Downson (‘Santos e Demônios’), numa química incrível com Smith, Woody Harrelson (‘Homem Duplo’), sutil em cada frame e Barry Pepper (‘À Espera de um Milagre’), talento que Hollywood nunca reconheceu, dão certo ar de credibilidade. O roteiro preguiçoso de Grant Nieporte tem diálogos primários e toscos e, praticamente, obriga o espectador a torcer por Ben Thomas.
Cuidado, contém spoiler.
Thomas é um agente do Imposto de Renda e após uma batida de trânsito causada por ele, que culminou na morte de sete pessoas, decide ajudar algumas “almas bondosas”. Lá pela metade envolve-se com Emily Posa, que necessita de um transplante de coração. Daí para adivinhar o desfecho é rápido.
O movimento pró doação de órgãos, visto nos 120 minutos é válido, e a fotografia simpática captura todo universo melancólico. Filme clichezão e descartável que escancara o gosto do diretor pelas almas em decadência profunda. Se estiver em depressão, nem chegue perto deste ‘Sete Vidas’.
NOTA: 4,5
ORÇAMENTO: 55 Milhões de Dólares
PERGUNTA PARA O INTERNAUTA:
* Qual o maior dramalhão que você já assistiu ?