
Desprendendo-se da sensação de fragilidade – que muitas vezes cerca o universo dos deficientes visuais – o diretor Evaldo Mocarzel entrevista várias pessoas que dão depoimentos marcantes, lotados de uma vontade de viver e alegria contagiantes. A edição é bem simplista e no decorrer, há certos momentos desnecessários , mas nada muito prejudicial.
Diferentemente da cegueira branca e auto-destrutiva vista no excelente ‘Ensaio sobre a Cegueira’, presenciamos a rotina diária e cativante dos documentados, apesar de tocarem em pontos como a dificuldade de inclusão na sociedade.
A partir da ótima escolha no tema e um conteúdo bastante relevante, temos um filme louvável. Quando perguntado para uma garota se ela gostaria de enxergar, sua resposta vem lotada de sinceridade: “Por mim ficaria deste mesmo jeito, pois criei meu próprio universo e tenho medo de me decepcionar”. Precisa dizer mais?
NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: —