Dessa vez, há o agente de campo da CIA interpretado por Leonardo DiCaprio (‘Os Infiltrados’), que anda meio mundo atrás de um perigoso terrorista e Russell Crowe (‘Gladiador’) dá as coordenadas via satélite, sentado numa sala luxuosa e sem perigo de ser alvejado ou morto. Essa diferença de valores e padrões morais dá o tom às duas horas em ‘Rede de Mentiras’, nova empreitada do diretor Ridley Scott.
Se DiCaprio convence, criando um personagem explosivo (só perde impacto quando entra uma “paixão proibida”), Crowe parece incomodado e desconectado em certos momentos e nas raras sequências onde dividem a tela, Scott não aproveita toda qualidade dramática dos dois. A filmagem opaca agrada bastante e as reviravoltas do bom roteiro de Willian Monahan não deixam a obra esfriar (Roger Ferris sendo interrogado e torturado pelos terroristas é de gelar a espinha).
A patriotada está toda lá, intacta para gringo nenhum botar defeito, mas a ação tira o fôlego e as locações, mantém o ar claustrofóbico. A era Obama começa sem grandes mudanças, ao menos na sétima arte. E viva o Tio Sam!
NOTA: 7,0
ORÇAMENTO: 70 Milhões de Dólares
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