Quando as Luzes se Apagam. Cadê o medo?

Para quem não sabe, Quando as Luzes se Apagam foi baseado num curta metragem de mesmo nome, dirigido pelo mesmo David F. Sandberg. Em 3 minutos, toda a ideia bem bacana de Sandberg conseguia levar tensão e medo na medida certa e o tom mais trash, com uma maquiagem de baixo orçamento, era a cereja do bolo.

James Wan, que de bobo não tem nada, viu potencial e resolveu produzir um longa metragem, mas essa premissa tão simples funcionaria em 90 minutos? Já me antecipo dizendo que não. E desde os primeiro segundos, quando um personagem é assassinado pela tal entidade maligna, o espectador não tem tempo para se importar com aquelas pessoas.

A utilização do escuro – que é onde a criatura vive – seria fundamental e chega a funcionar em duas ou três cenas, mas as jumpscares que teimam em aparecer a cada dez minutos deixam o longa totalmente previsível, sem contar o roteiro, que é de uma falta de imaginação homérica. Portanto, se você imaginar que a garota, após ouvir um barulho no sótão, irá descer até lá… tenha a certeza que você estará correto.

Se ‘The Babadook’ deu ao espectador a chance de estudar a depressão de maneira inteligente e com um terror psicológico enervante, ‘Quando as Luzes se Apagam’ flerta com a temática, mas não elabora ou aprofunda nada.

Depois do barulho e dos ótimos conceitos presentes em ‘Invocação do Mal 2’, ‘Águas Rasas’ e ‘O Homem das Trevas’, presenciar um produto tão pobre e pouco imaginativo deixa qualquer fã do gênero com cara de poucos amigos. E agora, o que esperar do próximo trabalho de Sandberg?

Sinopse de Quando as Luzes se Apagam:

O garotinho Martin começa a ser perseguido por uma entidade das sombras e descobre que sua irmã também a via. Ao vasculharem o passado de sua mãe, descobrem uma história assustadora sobre um orfanato e uma menina que morreu misteriosamente.

Título Original: Lights Out
Ano Lançamento:2016 (Estados Unidos)
Dir: David F. Sandberg
Elenco: Teresa Palmer, Gabriel Bateman, Maria Bello, Ava Cantrell

ORÇAMENTO: 5 Milhões de Dólares
NOTA: 3,0

Por Éder de Oliveira