A ORIGEM | DIRETOR DO MÉDIA METRAGEM FALA SOBRE O PROJETO

Da esquerda pra direita: João Schambeck, Dado, Gustavo e Ademir

Um dos escolhidos para o FESTICINI – 1° Festival Internacional de Cinema Independente, que acontecerá em Sumaré, entre os dias 17 a 31 de outubro, o documentário em média-metragem ‘A Origem’, fala sobre uma forma artesanal e menos prejudicial ao meio ambiente de se fazer uma prancha de surf. Conversamos com Ademir Damasco, o diretor do filme. Veja o bate papo.

Cinema e Pipoca: Como surgiu a ideia da história de ‘A Origem’?
Ademir Damasco: A ideia surgiu 6 anos atrás, que é quanto tempo demorou para fazer. Sou surfista há 45 anos e sou da primeira geracão aqui de floripa. O surf é um esporte maravilhoso, totalmente integrado com a natureza, mas tem um problema, os equipamentos são feitos de uma indústria altamente poluidora, pura química. Moro em uma chácara e resolvi plantar 3 piteiras (agave) que de sua aste floral se faz prancha, pois é uma madeira muito leve. Seu ciclo demora 6 anos, desde seu nascimento até sua morte, onde ela seca totalmente e eu, como cineasta, resolvi documentar isso desde o início, mas com idéias preservacionista resolvi fazer algo único. Uma prancha totalmente natural, um equipamento biodegrável. Aproveitei o tempo que ia demorar e fui pesquisar sobre como fazer.

CP: Como você vê o cenário cinematográfico em Florianópolis atualmente?
AD: Floripa tem potencial para bons filmes, a galera trabalha bastante, só que não tem políticas püblicas através de editais e outros patrocínios para alavancar esse pessoal ávido para produzir. Fazer filmes do próprio bolso é difícil e limita muito o trabalho final, estamos bem abaixo de outros estados quanto ao investimento nesta área.

CP: Houveram outros trabalhos de direção antes deste? Se sim, quais?
AD: Esse é o décimo documentário que fiz, meu trabalho é muito voltado para a nossa cultura, já fiz filmes infantis, filmes sobre índios carijós e sobre surf – o pessoal sempre me pede para fazer algo desse esporte -, e como documentarista, a gente sempre leva esse olhar mais cultural para este tipo de trabalho, que geralmente foca mais no lado esportivo.

CP: Como foi a escolha da equipe e do elenco para o média metragem?
AD: A escolha da equipe pra mim é muito simples, sou eu e meu filho, que já estamos juntos em todos esses nossos trabalhos. Às vezes levamos um still, se temos dinheiro (raro) a gente distribui os trabalhos, mais geralmente nós dois fazemos tudo, desde a capa até edição final, mas isso nao nos impediu de fazer um trabalho consistente, em prol da cidade onde, recentemente, fomos condecorados com o diploma de ‘pessoas importantes culturalmente para a cidade’.

CP: Quais as principais dificuldades para tirar este projeto do papel?
AD: As dificuldades são essas que relatei anteriormente, grana, escutei uma vez de um grande diretor de cinema que disse: “fazer filmes é resolver problemas e problemas se resolve com dinheiro. Se não têm dinheiro, vamos ser mais criativos e pedir ajuda das pessoas para colaborar gratuitamente e vamos filmar.

CP: Quanto tempo duraram as filmagens?
AD: As filmagens duraram 6 anos e, enquanto isso, fiz mais 2 filmes pararalelos que já lancei. A gente costuma levar dois ou três documentários juntos para ir ganhando tempo.

Obs.: na foto do topo estão, da esquerda pra direita: João Schambeck, Dado, Gustavo e Ademir

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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