O ÚLTIMO TANGO EM PARIS

Último Tango em Paris

Sem nomes, sem histórias um para o outro, sem passado e sem futuro. É assim que Bernardo Bertolucci mantém os personagens interpretados pelo excelente e intenso Marlon Brando (Sindicado dos Ladrões) e pela belíssima Maria Schneider (Profissão: Repórter) naquele pequeno espaço, fazendo com que se entreguem totalmente a cenas bastante generosas.

Há um contraponto severo entre Jeanne, uma garota que está começando a vida e têm divergências com o futuro marido e Paul, que é um homem velho e reprimido após o suicídio da esposa, além disso, a imagem da família como algo unitário e acolhedor é estraçalhada pelos diálogos do segundo e terceiro atos.

Mas nem tudo são flores nesta obra e notamos que quando os protagonistas se encontram pela primeira vez, totalmente sem querer, dentro de um apartamento e se entregam um ao outro, tudo é tão apressado que acaba perdendo o impacto que deveria e para quem vive no século XXI, pode comparar as relações sexuais vistas em ‘O Último Tango em Paris’ com qualquer soft-porn por aí, ao contrário do que aconteceu na época de seu lançamento.

Em Paris, duas pessoas que jamais haviam se visto começam um relacionamento ardente e incontrolável. O combinado seria, jamais falar sobre suas vidas fora dali, mas as coisas saem do controle conforme os dias passam.

Num contexto geral, ainda é uma obra acima da média e inesquecível – qual o cinéfilo que nunca viu a tal cena da manteiga? – e ainda tem tempo para criticar os próprios diretores de cinema, com suas neuras e momentos de ‘genialidade’. Em épocas de tão pouco talento e inovação narrativa, rever ‘O Último Tango em Paris’ pode ser um exercício e tanto.

Título Original: Ultimo tango a Parigi
Ano Lançamento: 1972 (França/Itália)
Dir: Bernardo Bertolucci
Elenco: Marlon Brando, Maria Schneider, Maria Michi, Giovanna Galletti, Gitt Magrini, Catherine Allégret

ORÇAMENTO: 1,2 milhões de dólares
NOTA: 7,5

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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