EXPRESSO DO AMANHÃ

Expresso do Amanha

Desde o primeiro momento, o roteiro escrito por Joon-ho Bong, que também está na cadeira de direção, nos apresenta uma distopia cruel e uma divisão societária que privilegia apenas um lado e faz um controle massivo e prejudicial às novas gerações, ou seja, não é muito diferente do que estamos acostumados hoje em dia.

O perigo de ‘Expresso do Amanhã’, baseado na HQ de Jacques Lob, Benjamin LeGrand e Jean-Marc Rochette, era cair nas armadilhas que o assunto aquecimento global pode apresentar, mas Bong cria sequencias que lembram muito a ação dos games e preza – corajosamente – o estilo Oriental de cinema, como ‘Oldboy’.

Somos apresentados a métodos de tortura que proporcionam cenas de cair o queixo, assim como os efeitos especiais, o suspense e a ação ali contidos – todo o desenvolvimento e execução da primeira rebelião são impressionantes, sem aliviar nas doses de sangue.
Chris Evans (Capitão América 2 – O Soldado Invernal), faz aqui um dos melhores trabalhos da carreira, mas o elenco como um todo está excelente. Talvez a personagem de Tilda Swinton (Constantine) pudesse ser menos caricata, o que não estraga, de maneira alguma a obra.

O planeta Terra vive uma nova era do gelo, logo após uma experiência de aquecimento global dar errado. Os sobreviventes vivem dentro de um trem que é dividido entre a parte rica (nos vagões da frente) e a parte pobre (nos vagões traseiros). Indignados com a situação, as pessoas com poucos recursos resolvem montar um plano para tomar de assalto o trem.

Por fim, Bong casa bem a parte estética – como a fotografia – e os detalhes da história, segurando um clímax absurdo do início ao fim. ‘O Expresso do Amanhã’ é uma ficção científica lotada de bons artifícios para deixar os fãs do gênero alucinados e o mais importante de tudo, é corajoso, coisa que Hollywood esqueceu de ser faz tempo.

Título Original: Snowpiercer
Ano Lançamento: 2013 (Coréia do Sul/Estados Unidos/França/República Tcheca)
Dir: Joon-ho Bong
Elenco: Chris Evans, Jamie Bell, Alison Pill, John Hurt, Tilda Swinton, Luke Pasqualino, Octavia Spencer

ORÇAMENTO: 39 milhões de dólares
NOTA: 8,0

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

Você não pode copiar o conteúdo desta página

GeraLinks - Agregador de linksTrends Tops - Trending topicsÀ toa na net