O LOBISOMEM

Nos anos 30 e 40 a Universal reinou absoluta no gênero terror com seus 3 personagens principais: Drácula, Frankenstein e Lobisomem. Portanto, com essa onda dos remakes e refilmagens, o estúdio resolveu fazer uma homenagem e apresentar para as novas gerações um destes ícones.

Desde o início, ‘O Lobisomem’ pareceu fadado ao fracasso, pois o roteiro foi reescrito diversas vezes, houveram mudanças de diretores, conflitos na montagem e atrasos no lançamento. Tudo isso culminou numa certa desconfiança, tanto dos críticos quanto dos espectadores, que no fim das contas tiveram uma produção oscilante, mas com alguns pontos positivos.

Ao expor o monstro logo de cara, Joe Johnston (‘Capitão América – O Primeiro Vingador’) parece querer jogar a tensão toda de uma vez. Mas após isso, um amontoado de diálogos banais são apresentados e nem os talentosos Benicio del Toro – que passa o filme todo com ‘cara de anemia’ -, Emily Blunt (‘O Diabo Veste Prada’) ou Anthony Hopkins se livram deste carma.

Ao ser chamado por sua cunhada Gwen Conliffe, o ator Lawrence Talbot volta para as terras inglesas – de  onde estava afastado haviam décadas -, para ajuda-la a encontrar seu irmão, que desapareceu sem deixar rastros. Ao chegar na casa de seu pai, Talbot se envolve numa investigação sobre mortes que estão ocorrendo em noites de lua cheia e, sem querer, isso poderá contrastar com seus próprios traumas e libertar algo adormecido dentro dele.

Há trechos em que ao invés da trilha sonora dar sintonia e dinamismo, apenas a coloca para baixo. Mas se nada disso me deixou animado, foram nas sequências em que o Lobisomem apareceu que o climão sombrio veio à tona, pois além do pavor nos olhos daquela população, há o tom gore que tanto gosto. Pode não ser a homenagem que os fãs sonhavam, mas com tanto lixo ultimamente nesse gênero, fica num meio termo.

Título Original: The Wolfman
Ano Lançamento: 2010 (EUA / Reino Unido)
Dir: Joe Johnston
Elenco: Benicio Del Toro, Emily Blunt, Anthony Hopkins, Cristina Contes, Hugo Weaving