Críticas
O LADO BOM DA VIDA
Num primeiro instante fiquei me perguntando se a indicação de BRADLEY COOPER (SE BEBER, NÃO CASE) para melhor ator era realmente justa ou apenas outro erro da Academia. O fato é que COOPER consegue provar que pode convencer em interpretações dramáticas, mas Jean-Louis Trintignant de AMOR merecia muito mais o reconhecimento dos votantes.
A mudança brusca de segmento nos projetos do diretor DAVID O. RUSSELL, desde que despontou com TRÊS REIS é gritante e nota-se um tom muito mais comerciável do que antes – mas continua utilizando ângulo bastante impessoais. Mesmo assim, O LADO BOM DA VIDA torna-se uma comédia romântica atual e que, por vezes transborda em sensualidade (como no diálogo dentro da lanchonete ou nas aulas de dança).
A câmera persegue JENNIFER LAWRENCE (JOGOS VORAZES) desde a primeira vez que ela aparece e sua personagem escapa dos clichês pois não se transforma na ‘dama em perigo’. O problema é que, se Tiffany está longe de ser burocrática, não se pode dizer o mesmo da maioria dos coadjuvantes ou da lição de moralismo presente no roteiro.
Após passar um tempo internado em uma clínica para deficientes mentais Pat sai e tentará recomeçar seu casamento. O problema é que não sabe se sua esposa ainda o ama e outra mulher, completamente maluca, entra na sua vida por intermédio de um amigo. Se em um primeiro momento esta aproximação se é turbulenta, com o passar dos dias torna-se sadia e boa para todos ao seu redor.
O espectador é transportado ao caos que é a mente do protagonista, devido a uma montagem interessante e a diálogos impagáveis (“Ela é uma piranha, fiel ao marido morto!”).
Mas quando o foco não está exclusivamente no trio principal (ROBERT DE NIRO não faz esforço algum para ser incrível) O LADO BOM DA VIDA perde em qualidade. Bonitinho, mas superestimado demais no Oscar.
Título Original: Silver Linings Playbook
Ano Lançamento: 2012 (Estados Unidos)
Dir: David O. Russell
Elenco: Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Jacki Weaver, Chris Tucker, John Ortiz, Shea Whigham, Julia Stiles
ORÇAMENTO: 21 Milhões Dólares
NOTA: 7,5
Críticas
Nosferatu (2024) | Crítica
Nosferatu (2024) é o olhar do personagem sob a ótica de Robert Eggers (A Bruxa e O Farol). Contudo, antes de entrar, de fato, nesta resenha, preciso fazer uma viagem no tempo e explicar um pouco das outras adaptações que aconteceram até então. Primeiramente, o clássico de 1922, intitulado Nosferatu – Uma Sinfonia de Horror, é um dos ícones do expressionismo alemão e foi dirigido por F. W. Murnau. Em 1979, Werner Herzog fez a sua versão em Nosferatu – O Vampiro da Noite e, por fim, John Malkovich se diverte em A Sombra do Vampiro (2000), um projeto excelente, mas pouquíssimo visto.
Eggers sempre foi apaixonado pelo original e, de fato, este é um remake que vale a pena ser feito – ao contrário de tantos que se multiplicam em Hollywood. Seu toque elegante ajuda a interpretação de Bill Skarsgård (It – A Coisa), que some na pele do vampirão por conta da pesada maquiagem. Eu assisti dublado e a interpretação de Mauro Horta, com um tom de voz rouco, casou perfeitamente com o Conde Orlok. E seguindo na escolha do elenco, é tudo corretíssimo por aqui, já que Nicholas Hoult tem o carisma necessário para ser Thomas Hutter, Lily-Rose Depp cresce por conta das pessoas que estão ao seu redor e, claro, Willen Dafoe, que dispensa apresentações. Talvez o único que destoe é Aaron Taylor-Johnson que, para um filme de época, parece não encaixar.
Para ampliar este universo, o diretor cria, ao longo de 107 minutos, uma Transilvânia que é lotada de superstições e medo quase palpável. Ao mesmo tempo, compreende que o uso das sombras é, porque não, outro personagem fundamental – a cena onde Thomas passa a noite naquele vilarejo mostra tudo isso perfeitamente, gerando uma familiaridade para quem viu o original.
Nosferatu (2024), sua reconstrução de época e tensão sexual
Nosferatu (2024) tem, acima de tudo, uma reconstrução de época incrível, ajudada pela fotografia acinzentada e opressora, levando em consideração também que estão em um período onde doenças são facilmente transmissíveis e assolam a população. Pra não dizer que “tudo são flores”, o segundo ato é lento e, até certo ponto, cansativo, o que não tira o brilhantismo do longa metragem que, curiosamente, tem feito bons números nas bilheterias mundiais, mesmo não sendo, propriamente, um “terror para as novas gerações”.
Com uma tensão sexual crescente entre o Conde e Ellen Hutter, fundidos com a trilha sonora gótica encabeçada por Arnold Antony, todos os caminhos vão se afunilando e chegam ao desfecho pessimista, porém, belo. Nessa hora temos a oportunidade de ver, sob a luz do sol que queima a pele de Nosferatu, seu corpo grotesco. Enfim, é uma história de amor que percorreu o tempo e segue atingindo os corações dos espectadores, mesmo após mais de 100 anos. Vida longa ao Conda Orlok e companhia.
Onde assistir Nosferatu (2024)?
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Sinopse de Nosferatu (2024)
Estamos na década de 1800, na Alemanha, e seguimos o Conde Orlok, que busca por um novo lar. Então, entra em contato com o vendedor de imóveis Thomas Hutter, que fica responsável por conduzir os negócios de Orlok. Ele viaja para as montanhas da Transilvânia para prosseguir com as burocracias da nova propriedade do nobre.
Nota Cinema e Pipoca: ★★★★
Título Original: Nosferatu
Ano Lançamento: 2024 (Estados Unidos | Reino Unido | Hungria)
Dir: Robert Eggers
Elenco: Bill Skarsgård, Nicholas Hoult, Lily-Rose Depp, Aaron Taylor-Johnson, Emma Corrin, Ralph Ineson, Simon McBurney, Willem Dafoe
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Seals – Operação Resgate | Crítica
Seals – Operação Resgate é um genérico de tantos outros filmes de guerra contemporâneo, como O Grande Herói com Mark Wahlberg, Good Kill com Ethan Hawke ou até Falcão Negro em Perigo com Josh Hartnett e Eric Bana. Há diferenças entre eles e este novo lançamento para streaming da A2 Filmes? Com certeza! E falaremos de cada um deles logo abaixo. Antes, preciso contextualizar que o projeto tem no elenco: Johnny Strong (Velozes e Furiosos – Operação Rio), Athena Durner, Raj Kala, James Sherrill, Siya Rostami e Todd Jenkins, além do roteiro e direção do próprio Johnny Strong e de William Kaufman.
Sabendo que há um orçamento pequeno, não teria como esperar muito desta primeira empreitada de Strong no comando. Contudo, a ação tem momentos inspirados e sequências que deixariam qualquer John Wick da vida empolgado (ou não!), tamanha volúpia do nosso protagonista para fazer ‘poses de herói’, além das mais variadas caras e bocas para mostrar que é muito mal. E eu estava me divertindo genuinamente – principalmente por entender que as explosões e os tiros seriam feitos por um CGi fraquinho.
Lá pelas tantas, o soldado Richard Mirko (que havia perdido toda sua equipe, pois o helicóptero onde estavam foi alvejado) nota que, das três pessoas que iria salvar, apenas uma segue viva, e é uma garotinha. Daí em diante, qualquer tentativa de criar um relacionamento fraternal entre eles vai por água abaixo. Primeiramente porque nem Strong e nem Athena Durner, que vive a garotinha Zoe, entregam a dramaticidade necessária – com direito a uma cena onde ela é substituída por uma boneca, ao estilo de Sniper Americano – e depois por usar tantos estereótipos de mau gosto ao focarem nos vilões da história, ou seja, os terroristas (que parecem americanos vestidos com turbantes).
Seals – Operação Resgate e sua história que deixa um gancho para sequências
Ao todo, Seals – Operação Resgate tem pouco mais de duas horas de duração, seguindo por locações que, de fato, nos remetem ao Oriente Médio e ao Afeganistão, com um tom amarelado e que deixa o espectador com calo, só de olhar aquele ambiente. Contudo, o projeto ganharia uma nota melhor se Mirko falasse menos e se esse negócio de grupo de missionários no Afeganistão passasse longe do roteiro.
Enquanto assistia ao filme, fiz um teste de futurologia e tentei adivinhar qual seria o desfecho. Acertei de ponta a ponta. Isso porque sou um visionário? Não. Porque não há qualquer grau de novidade por aqui. É aquele ‘feijão com arroz’, talvez um pouco sem sal e requentado,. Vale a experimentada? Só se estiver sem fazer nada num final de semana. Ah… Já ia me esquecendo: teremos uma sequência que já está sendo produzida e que se chamará Warhorse One – Badlands. Tenho a sensação de que essa será uma daquelas franquias que ninguém vê, mas que os episódios se multiplicarão, ano após ano.
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Sinopse de Seals – Operação Resgate
Durante uma missão de resgate para evacuar um grupo de missionários, durante a retirada militar dos EUA em 2021 do Afeganistão, um helicóptero da equipe SEAL é abatido por um grupo de insurgentes. Um dos operadores da equipe SEAL, Master Chief Richard Mirko, é jogado dos destroços, sobrevivendo milagrosamente ao acidente. Com o resto de sua equipe morta em ação, Mirko continua sua busca pelos missionários, mas encontra seu veículo emboscado e o único sobrevivente: uma criança traumatizada de 5 anos. Mirko deve agora guiar a criança com segurança, através do confronto com insurgentes, e sobrevivendo ao brutal deserto afegão.
Nota Cinema e Pipoca: ★★
Título Original: Warhorse One
Ano Lançamento: 2023 (Estados Unidos)
Dir: Johnny Strong e de William Kaufman
Elenco: Johnny Strong, Athena Durner, Raj Kala, James Sherrill, Siya Rostami e Todd Jenkins
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Críticas
Crítica: Lost – 1ª Temporada | Revi 20 anos depois
No final do ano passado resolvi dar uma nova espiada em Lost – 1ª Temporada, duas décadas após seu lançamento. Vale lembrar que, assim como Arquivo X, por exemplo, esses 25 episódios foram um marco para as séries na época, levando inúmeros espectadores a teorizarem sobre o que era a ilha, se aqueles números ‘malditos’ que Hurley, interpretado por Jorge Garcia, traziam má sorte, quem eram ‘os outros’, seria possível acessar aquela escotilha e muito mais.
Um dos showrunners eram, ninguém menos, que J. J. Abrams (Super 8 e Missão: Impossível 3) e Damon Lindelof (Guerra Mundial Z). E o interessante aqui é que as migalhas eram ‘jogadas’ aos espectadores de pouco em pouco, fazendo com que conhecessem os personagens – a maioria muito bem desenvolvidos – tanto em sua nova vida na ilha, quanto o que faziam fora dela. Aliás, o elenco está afiadíssimo, com destaque para Matthew Fox como Jack, o médico e protagonista, Evangeline Lilly, como Kate, uma detenta, Josh Holloway que é o mala Sawyer, Terry O’Quinn como o amalucado Locke e tantos outros. Contudo, há também os que destoam negativamente, como é o caso de Naveen Andrews que faz Sayid e não consegue ter expressões minimamente convincentes.
E apesar dessa maior quantidade de episódios dar tempo para nos afeiçoarmos (ou odiarmos) aqueles que aparecem em tela, também faz com que as ‘barrigas’ (situações que estão lá só para gerar a minutagem que é preciso) se acumulam. Mas nada que prejudique o dinamismo tão bom deste texto. Aliás, preciso confessar que muitos programas atuais poderiam rever essa temporada e aprender como se faz, pois há drama convincente, terror, suspense e ganchos enervantes para a próxima “aventura”.
Lost – 1ª Temporada vai bem, mas os efeitos envelheceram mal
Ok, estamos falando de 20 anos de lançamento. Mas até certo ponto, os efeitos especiais pontuais e os efeitos práticos dão todo um charme em Lost – 1ª Temporada. Contudo, ao tentarem inserir um urso polar que ataca o garoto Walt Lloyd, filho de Michael Dawson, aí a coisa fica esquisita. Não há textura no bichão e, certamente, a imersão é afetada naquele momento.
Um ou outro coadjuvante que nunca vimos antes será colocado para morrer – para que os personagens centrais permaneçam entre nós -, algumas discussões e situação ficam meio vazias, mas nada tira o brilho dessa obra prima. A ideia aqui era rever essa primeira temporada e parar, mas a escotilha foi aberta, não me lembro o que ocorre depois e já sigo para mais 25 episódios. Posso me arrepender depois? É bem possível, mas por enquanto esse reencontro está excelente.
Onde assistir Lost – 1ª temporada?
- A série está disponível na Netflix, Paramount + e Prime Video.
Sinopse de Lost – 1ª temporada
Um acidente de avião deixa 48 sobreviventes isolados em uma ilha misteriosa. Inicialmente, eles lutam para se adaptar à nova realidade, enfrentando a escassez de recursos e os desafios de viver em um local selvagem e desconhecido. Enquanto tentam organizar o grupo e encontrar formas de serem resgatados, os sobreviventes logo percebem que a ilha esconde segredos inquietantes, incluindo uma criatura invisível e sons ameaçadores vindos da floresta. Com o passar do tempo, a sobrevivência se mistura com questões filosóficas e emocionais. Conflitos internos e externos desafiam o grupo, enquanto eventos inexplicáveis testam seus limites e crenças.
Nota Cinema e Séries: ★★★★½
Lista de episódios Lost – 1ª Temporada
- Pilot (1) – Exibido em 22/09/2004
- Pilot (2) – Exibido em 29/09/2004
- Tabula Rasa – Exibido em 06/10/2004
- Walkabout – Exibido em 13/10/2004
- White Rabbit – Exibido em 20/10/2004
- House Of The Rising Sun – Exibido em 27/10/2004
- The Moth – Exibido em 03/11/2004
- Confidence Man – Exibido em 10/11/2004
- Solitary – Exibido em 17/11/2004
- Raised By Another – Exibido em 01/12/2004
- All The Best Cowboys Have Daddy Issues – Exibido em 08/12/2004
- Whatever The Case May Be – Exibido em 05/01/2005
- Hearts And Minds – Exibido em 12/01/2005
- Special – Exibido em 19/01/2005
- Homecoming – Exibido em 09/02/2005
- Outlaws – Exibido em 16/02/2005
- …In Translation – Exibido em 23/02/2005
- Numbers – Exibido em 02/03/2005
- Deus Ex Machina – Exibido em 30/03/2005
- Do No Harm – Exibido em 06/04/2005
- The Greater Good – Exibido em 04/05/2005
- Born To Run – Exibido em 11/05/2005
- Exodus (1) – Exibido em 18/05/2005
- Exodus (2) – Exibido em 25/05/2005
- Exodus (3) – Exibido em 25/05/2005
Título Original: Lost
Ano Lançamento: 2004 (Estados Unidos)
Criação: J.J. Abrams, Jeffrey Lieber e Damon Lindelof
Elenco: Naveen Andrews, Emilie de Ravin, Matthew Fox, Jorge Garcia, Maggie Grace, Josh Holloway, Malcolm David Kelley, Daniel Dae Kim, Yunjin Kim, Evangeline Lilly, Dominic Monaghan, Terry O’Quinn, Harold Perrineau, Ian Somerhalder
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