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Abandono do Polo de Cinema de Paulínia

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Este é um retrato triste do Abandono do Polo de Cinema de Paulínia.

Começo meu texto retornando há um passado não tão distante. Estamos em 2008, quando chego à 1ª edição do Festival de Cinema de Paulínia. Me encanto com tudo, desde o tapete vermelho até o imponente Theatro Municipal, passando pelos tantos famosos que desfilam por lá, como Serginho Groismann, Rubens Ewald Filho, Lucélia Santos, dentre outros.

De lá para cá, muita coisa mudou.

Motivado pelo vídeo ‘Retoma Paulínia’, editado por um grupo de ex-alunos que se formaram na Escola Magia de Cinema, o Cinema e Pipoca resolveu investigar de perto a situação do Polo Cinematográfico.

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Abandono do Polo de Cinema de Paulínia… uma narrativa da tristeza

“Paulínia, 13 de abril de 2013. 

Acordo por volta das 10 horas da manhã. O sábado chuvoso e escuro já parece me avisar que algo de muito ruim está por vir. Saio de casa em direção à cidade de Paulínia e após uns 35 minutos estou no local desejado, ou seja: o Theatro Municipal.

Uma mistura de curiosidade, medo e certa melancolia tomam conta de mim. Ver aquela construção maravilhosa, mas totalmente solitária e esquecida dói no coração.

Saio do carro e me aproximo mais. Há lixo espalhado pelas escadarias, a pintura das muretas estão descascadas, bem como os ferros que fazem parte da estrutura dos pilares surgem como anomalias, pois o gesso (ou algo do tipo) se degradou por causa dos efeitos de anos sem manutenção.

O cubo metálico, que fica em frente do Theatro, parece cansado e sem qualquer expectativa de rever os cinéfilos que lotavam as sessões. Portanto, as letras que formam a frase ‘Paulínia Magia do Cinema’ vão sumindo, dia após dia.

Parti para ver como estavam os estúdios e a Escola Magia do Cinema, que ficam bem próximos à Rodoviária. Logo depois de atravessar a rua, me deparei com todos, isso mesmo, TODOS os galpões fechados e as ruas sendo usadas apenas para os pedestres fazerem suas caminhadas matinais.

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A fachada, com os dizeres ‘Espaço Cultura’, está prestes a cair e a placa em homenagem à inauguração do prédio, em 2007, se mostra um tanto defasada, ao menos no âmbito cultural, quando se lê: ‘Paulínia, cidade feliz. Um show de cidade’.

Até aí não havia notado a presença de nenhum segurança pelas redondezas. Só após tirar as fotos do prédio ‘Paulínia Stop Motion’ que um deles apareceu para checar o que fazíamos por ali.

Nossa próxima parada foi em um dos cinco estúdios de gravação. Ele estava trancado, pichado, sujo e com uma placa de ‘gravando’ apagada, como se jogasse na minha cara que além dele, o brilho do Polo também estivesse na mesma situação.

Mas o pior estava por vir.

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O espaço que, um dia, foi o ‘Espaço Gastronômico’, inaugurado em 10 de novembro de 2004, tinha uma porta de madeira sem os vidros e dentro pedaços do revestimento da parede caídos no chão, além de outras traquitanas inutilizáveis.

Não sei ao certo como expressar em palavras o que sinto ou mesmo o que vejo. O espaço está depredado, com vidros estilhaçados pelo chão, com o teto desabando, fios à mostra e um perigo imenso para todos os que, diariamente, transitam por ali.

É o retrato do descaso dos responsáveis (ou deveria dizer irresponsáveis?) pelo dinheiro público e pela iniciativa cultural. É a forma de mostrarem o quanto eles nos respeitam.

Volto para meu carro e todas estas imagens não me saem da cabeça. Se fosse possível, gostaria de ter feito este ‘passeio’ com o Prefeito José Pavan Júnior ou com a Secretária da Cultura Fernanda Candido de Oliveira, pena que são comprometidos demais.”

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Apenas um apanhado geral

Paulínia é uma cidade que fica na Região Metropolitana de Campinas, conta com um produto interno bruto de aproximadamente 7,7 bilhões de reais, tem a maior arrecadação de ICMS per capita do Estado e uma população de cerca de 82 mil habitantes.

Em 2007, o Polo Cinematográfico da cidade foi inaugurado, sendo que a prefeitura investiu cerca de 490 milhões de reais para trazer um espetacular aparato técnico, dividido em:

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– Cinco estúdios de gravação: onde apenas dois estão funcionando atualmente. O tamanho de cada um deles variam entre 600 a 1200 metros quadrados, incluindo escritórios, salas de reunião e etc. Em 2011, foram gastos 20 milhões de reais para manutenção;
– A Escola Magia do Cinema: que deixou de promover cursos de cinema, dança e música, onde visavam formar profissionais destas áreas, para trabalharem nas produções do Pólo e hoje realiza apenas workshop de curta duração, em outro local, já que o prédio é usado como Escola de Ensino Fundamental;
– Theatro Municipal: onde os filmes do Festival eram exibidos. Têm capacidade para 1300 espectadores e é usado atualmente para espetáculos de stand-up e apresentações peças teatrais;
– Estúdio de Stop-Motion: ao custo de 29 milhões de reais, conta com 120 estações de trabalho, com computadores e softwares de última geração. Desde sua inauguração, em 2009, nenhum filme foi produzido. Hoje, o local serve como depósito de materiais.

José Pavan Júnior (PSB), atual Prefeito, disse, antes de tomar posse, que continuaria investindo no Polo, que foi concebido pelo Prefeito anterior, Edson Moura e a Secretária de Cultura, Tatiana Stefani Quintella, mas não é isso que temos visto por lá.

A quinta edição do Festival de Cinema de Paulínia foi cancelada no ano passado por Pavan, dizendo que estava interessado em “priorizar trabalhos sociais”, mas parece ter se esquecido de enfatizar o destino que deram para a verba, que gira em torno de 3 milhões de reais.

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8 Filmes que Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

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Leonardo DiCaprio merecia o Oscar por diversas vezes, tudo porque, ao longo de sua carreira, nos presenteou com personagens inesquecíveis e atuações impecáveis que conquistaram a crítica, o público e, por muitas vezes, foram ignoradas pela Academia. Ele tem uma carreira marcada pela escolha de papéis desafiadores, e a cada novo projeto, ele eleva o nível da interpretação.

Embora finalmente tenha levado para casa o cobiçado prêmio de Melhor Ator com O Regresso (2015), há vários outros momentos espetaculares. E você, concorda com esta lista?

8 Filmes que Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

Diário de um Adolescente (1995)

Filmes que Leonardo DiCaprio merecia o Oscar
Filmes que Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

Apesar de ainda ser um jovem ator na época, DiCaprio já demonstrava seu talento em Diário de um Adolescente, um drama psicológico que lida com questões complexas como o vício em drogas e suas consequências devastadoras. O filme, baseado no romance de Jim Carroll, segue o protagonista através de sua difícil jornada pela dependência química e suas degradações físicas e mentais.

DiCaprio não só convence como o adolescente problemático, mas consegue captar a vulnerabilidade e os dilemas internos do personagem de forma brilhante. A performance, intensa e visceral, marca o começo de sua jornada como um dos grandes nomes do cinema, mesmo que a Academia ainda não estivesse pronta para reconhecê-lo.

Titanic (1997)

titanic
Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

Com um orçamento colossal e uma direção de James Cameron que se tornaria histórica, Titanic se consagrou como um dos maiores sucessos de todos os tempos, arrecadando 11 Oscares, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor. No entanto, um prêmio ficou de fora: o de Melhor Ator. Mesmo que a performance de DiCaprio como Jack Dawson não seja a mais complexa de sua carreira, é inegável que ele conseguiu criar um dos personagens mais adorados da história do cinema.

Sua química com Kate Winslet, o desfecho épico e a carga emocional que transmite ao público são ingredientes que tornam sua atuação memorável.

Gangues de Nova York (2002)

gangues de ny

Em Gangues de Nova York, Martin Scorsese apresenta uma história épica ambientada na Nova York do século XIX, marcada pela violência e pela luta pelo poder nas ruas. DiCaprio contracena com um dos maiores ícones do cinema, Daniel Day-Lewis, que, de fato, roubou a cena com sua interpretação visceral do vilão Bill “The Butcher” Cutting.

Ele consegue equilibrar a vulnerabilidade de seu personagem com a sua sede por justiça e, embora o filme tenha sido reconhecido com várias indicações ao Oscar, DiCaprio não conseguiu ser indicado, o que foi uma grande falha da Academia.

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O Aviador (2004)

Melhores Filmes sobre Aviões
Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

Em O Aviador, conhecemos Howard Hughes, o excêntrico magnata do cinema e da aviação, cujos problemas mentais e obsessões se tornam o cerne da história. A direção (mais uma vez) de Martin Scorsese e o elenco de peso, que inclui Cate Blanchett e Alec Baldwin, dão o tom ao filme, mas a verdadeira força do projeto reside na interpretação de DiCaprio.

Ele não apenas traz à vida a complexidade de Hughes, mas faz isso de forma brilhante, explorando o sofrimento mental do personagem e sua constante busca pela perfeição. Mesmo assim, o Oscar foi para Jamie Foxx por sua atuação em Ray, deixando DiCaprio mais uma vez de fora.

Diamante de Sangue (2006)

diamante de sangue

Em Diamante de Sangue, DiCaprio mergulha no violento mundo do comércio de diamantes durante a guerra civil em Serra Leoa. Interpretando Danny Archer, um contrabandista de diamantes, o ator entrega uma performance poderosa que mistura charme, corrupção e redenção. A complexidade do personagem exigia um grande alcance emocional, e DiCaprio faz um trabalho excepcional, lidando com temas delicados como a exploração e os horrores da guerra. Ao lado de Djimon Hounsou e Jennifer Connelly, ele entrega um desempenho de alto nível, mas a Academia mais uma vez ignorou sua performance em favor de outros nomes naquele ano.

Ilha do Medo (2010)

Leonardo DiCaprio merecia o Oscar
Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

Em Ilha do Medo, DiCaprio tem a tarefa de encarnar Teddy Daniels, um detetive enviado a um hospital psiquiátrico isolado para investigar o desaparecimento de uma paciente. Dirigido por Martin Scorsese, o filme é um thriller psicológico que mistura mistério e terror psicológico, e DiCaprio brilha ao transmitir a crescente paranoia e a dor emocional de seu personagem.

Sua performance é brilhante, especialmente quando o filme revela suas camadas mais profundas. A tensão criada ao longo da trama, combinada com sua entrega visceral, mas a Academia (mais uma vez) preferiu não reconhecer sua atuação, deixando-o mais uma vez de fora da disputa por um Oscar.

Django Livre (2012)

Leonardo DiCaprio merecia o Oscar
Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

Embora Django Livre tenha sido dominado pela performance magnética de Christoph Waltz, que levou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, a atuação de DiCaprio também é digna de reconhecimento. Interpretando o vilão Calvin Candie, um proprietário de uma plantação cruel e insano, ele está arrebatador, mostrando a capacidade de criar um personagem detestável, mas fascinante. Candie é um homem que encontra prazer na morte e no sofrimento de outros. Sua cena de jantar, em que se corta com uma taça de cristal, é um exemplo perfeito de sua entrega emocional e física.

O Lobo de Wall Street (2013)

o lobo de wall street

Em O Lobo de Wall Street, também entrega uma das performances mais frenéticas e engraçadas de sua carreira, como o corretor da bolsa de valores Jordan Belfort. O filme de Martin Scorsese é uma montanha-russa de excessos, e DiCaprio consegue equilibrar o caos e a decadência de seu personagem com uma energia irresistível.

Uma das atuações mais energéticas de toda sua carreira, mas a estatueta foi para Matthew McConaughey por sua performance em Clube de Compras Dallas (2013). A performance também cheia de camadas, mostrando a ascensão e queda de um homem completamente obcecado por poder e riqueza.

Apesar de todas essas atuações memoráveis, foi apenas em 2016 que DiCaprio finalmente conquistou o Oscar de Melhor Ator por sua performance em O Regresso (2015), um prêmio merecido após uma carreira de desempenhos impecáveis. No entanto, as atuações acima mostraram que ele merecia o reconhecimento muito antes.

E você, acredita que esses são os filmes que ele merecia o Oscar? Ou tem outras atuações que você consideraria dignas do prêmio? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua opinião conosco!

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Críticas

Crítica: Morte a Pinochet

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morte a pinochet

Morte a Pinochet é uma produção chilena, dirigida por Juan Ignacio Sabatini e que chegou no Brasil com o selo da A2 Filmes. E assim como tantas obras nacionais como Marighella ou Batismo de Sangue, esta expõe toda a luta de uma pequena parcela que não queria, no futuro, que seus entes queridos passassem pelas mesmas atrocidades que elas. E é um diálogo fundamental nos dias de hoje, ainda mais quando notamos um retrocesso na mentalidade de muitos cidadãos.

Nestes pouco mais de 80 minutos, temos uma entrega sem igual de Daniela Ramírez, que interpreta Tamara, bem como de todos do elenco. Além disso, ficamos diante de cenas de arquivo, com a guerra civil explodindo por todos os cantos. Só senti falta de mais imagens reais ao longo da trama, pois complementaria todo o enredo.

Talvez por conta do baixo orçamento, Sabatini tenha preferido takes mais fechados para facilitar a reconstrução de época. Contudo, não há um arrojo tão denso na fotografia e há diferenças gritantes, se comparados com o já citado Marighella, de Wagner Moura.

Outros prós e contras de Morte a Pinochet

Certamente, o espectador notará um grande suspense no ar desde os primeiros minutos, e não dá para ser diferente, até porque, o cerne do roteiro é o planejamento do grupo para eliminar o ditador. Apesar disso, a balança moral é colocada em prova poucas vezes, deixando os personagens com uma dubiedade mais amena (o que, neste caso, pesa contra).

Entenda o seguinte: há diálogos pontuais, como quando a protagonista visita seu pai e entrega algumas cartas para ele ou mesmo na narração em off onde diz que “às vezes, a história tem que ser pintada com balas, não para nós, mas para o futuro de nossos filhos“, que valem cada segundo. Mas porque não fazê-los mais vezes?

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Se tiver oportunidade, veja Morte a Pinochet, pois o cinema, além de tudo, também educa e molda caráter.

Onde assistir Morte a Pinochet?

É possível adquirir o filme para aluguel ou compra nos seguintes sites: Microsoft Store, Amazon Video, bem como Apple TV e Google Play Movies.

morte a pinochet

Sinopse do filme

Em setembro de 1986, um grupo de jovens tinha nas mãos a oportunidade de mudar o destino de um país: acabar com a ditadura de Pinochet matando-o. Enquanto o Chile vivia uma das ditaduras mais cruéis de Augusto Pinochet, poucos ousados consideravam o impossível: matar o tirano. O professor de educação física Ramiro, a psicóloga Tamara, e Sasha, nascida na favela, marcam o ataque armado para uma tarde de domingo em 1986.

Ramiro, ex-professor de educação física que se dedicou à luta armada, esquecendo-se das relações pessoais; Sacha, um jovem humilde das favelas de Santiago, um entusiasta do futebol, sem formação política, e Tamara, uma psicóloga atraente que deixou uma família de classe alta para viver na clandestinidade e se tornou a única mulher com posto de comandante na Frente Patriótica: todos eles têm um objetivo comum – matar Pinochet. Baseado na história real de um ataque fracassado lançado por um braço armado do Partido Comunista Chileno.

Nota Cinema e Pipoca: ★★★½

Título Original: Matar a Pinochet
Ano Lançamento: 2022 (Chile)
Dir: Juan Ignacio Sabatini
Elenco: Daniela Ramírez, Cristián Carvajal, Juan Martín Gravina, Gabriel Cañas, Gastón Salgado, Julieta Zylberberg

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Destaque

DAVID FINCHER – FILMOGRAFIA

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David Fincher, nasceu em 28 de agosto de 1962 em Denver, é um diretor tanto autoral, quanto “industrializável” e consegue o que pouquíssimos diretores alcançaram na Hollywood atual: poder suficiente para tocar seus projetos particulares e liberdade suficiente para inserir suas idéias em produções como o pesado “O Homem que não Amava as Mulheres”.

Aos 18 anos começou a trabalhar na Industrial Light and Magic de George Lucas, onde teve a oportunidade de trabalhar em ‘O Retorno de Jedi’ (1983) e ‘Indiana Jones e o Templo da Perdição’ (1984). Deixou a empresa para se dedicar ao ramo de comerciais publicitários, além de dirigir clips para bandas como Aerosmith, Madonna e etc.

Logo abaixo sua filmografia, pouco extensa, mas com um valor incrível!

Leia mais sobre a filmografia de David Fincher
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