Não Olhe para Cima é digno de Oscar?

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Quando fiquei sabendo sobre Não Olhe para Cima, primeiramente me empolguei. Porém, depois de saber que Adam McKay (Vice) seria o diretor, fiquei receoso, pois ele tem cacoetes que me incomodam. Ao seu lado, nomes de peso como Leonardo DiCaprio (O Regresso), Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida) e Meryl Streep (O Diabo Veste Prada), se incumbiram de trazer qualidade e dramaticidade ao longa.

O filme conta sua premissa básica nos minutos iniciais e joga diante do espectador uma frase crucial dita por Jack Handey: “Quero morrer dormindo como meu avô. Não gritando aterrorizado como os passageiros dele”. E é isso que os Estados Unidos, nós, brasileiros, e tantos outros países estamos vivendo. Somos passageiros do caos e gritamos para os quatro cantos que temos um governo genocida, despreparado, racista, machista, homofóbico e etc.

Vale ressaltar, contudo, que todos aqui têm falhas como seres humanos. E tudo bem. O problema é quando “joga-se uma partida” que é cheia de possibilidades pelo ralo. Quando se consegue uma vacina diante de uma pandemia e apostam num remédio que não tem eficácia comprovada. Quando a aglomeração não é permitida, mas faz-se exatamente, o contrário.não olhe para cima poster

Sim, McKay e companhia dão porrada, sem medo, em Trump e seus apoiadores, em Bolsonaro e os seus e etc. E isso é super válido!

Só que, falando da parte técnica de Não Olhe para Cima, há brincadeiras gráficas gratuitas na tela, os créditos iniciais são bregas, há piadinhas deslocadas e, enfim, a montagem é picotada demais.

Se colocarmos na balança, o saldo ainda é positivo e encontram tempo para falarem sobre o choque geracional (Ariana Grande se sai bem!) e como a mídia pode ser uma aliada ou uma inimiga.

Não Olhe para Cima e seus coadjuvantes

O sem número de coadjuvantes agrada, em sua maioria. Destaque para Cate Blanchett (Carol), que quando aparece pega o projeto para si e Ron Perlman (Hellboy), o “militar” (com grandes aspas), que é tratado como herói. Em seguida, ainda temos Jonah Hill (Superbad – É Hoje) e seus privilégios por ser filho da presidente (!!) e Mark Rylance (Ponte dos Espiões), como um guru da tecnologia. Só acho que Timothe Chalamet (Duna) foi desperdiçado e todo seu arco podia ser retirado.

Em certo ponto, Dr. Randall Mindy fala: “O que aconteceu com a gente? Como nos tornamos isso?”. Em suma, é difícil de explicar, principalmente quando notamos que há quem acredite na Terra Plana ou que não existe aquecimento global, por exemplo.

Estes, se assistirem a Não Olhe para Cima, o farão com um sorriso de deboche. Em contrapartida, esperamos que o final corajoso visto aqui, não chegue e tire esta sensação deles. Ah… e você que era antivacina, já tomou as três doses?

Sinopse de Não Olhe para Cima:

Uma dupla de cientistas descobre que um gigantesco meteoro vai se chocar contra a Terra em seis meses. No entanto, ao saírem alertando o mundo pela imprensa, os dois são recebidos com desdém e descrença.

Título Original: Don’t Look Up
Ano Lançamento: 2021 (Estados Unidos)
Dir: Adam McKay
Elenco: Jennifer Lawrence, Leonardo DiCaprio, Meryl Streep, Cate Blanchett, Rob Morgan, Jonah Hill, Timothée Chalamet, Ariana Grande, Ron Perlman, Chris Evans, Mark Rylance, Michael Chiklis

ORÇAMENTO: 75 Milhões Dólares
NOTA: 7,5

 

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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