Eu queria começar este texto com diversos elogios a diretora chamada Angelina Jolie, comentar que todos os diálogos são inseridos milimetricamente e que algumas lágrimas rolaram no decorrer da projeção. Mas como querer não é poder, o espectador se mantém inerte a qualquer tipo de emoção e se esquece do filme após vinte minutos.
O primeiro ato é um tanto promissor, com cenas magníficas de guerra e uma dramaticidade, fotografia e edição de som bastante corretas. Depois disso, os três soldados caem em alto mar e ficam a deriva em seus botes – lembrando muito ‘As Aventuras de Pi’. Aí chega o segundo ato e tudo desanda, pois não existe nada que prenda o espectador.
Os 137 minutos foram feitos para que ‘Invencível’ tivesse diversas indicações ao Oscar, pois além da emoção, Jolie abusa de takes forçados e de uma trilha sonora de dar sono. Em relação ao elenco, Jack O’Connell faz todo o possível para dar um mínimo de credibilidade a Louis Zamperini, ao contrário de Jai Courtney e Garrett Hedlund.
Louis Zamperini era um atleta olímpico que é convocado para lutar na Segunda Guerra Mundial. Em um determinado momento, o avião em que estava cai em pleno mar e após 47 dias é capturado por japoneses. Agora precisará lutar pela própria vida para não sucumbir a toda violência e sofrimento.
Escrito a oito mãos experientes, a começar pelos irmãos Coen (melhor roteiro por ‘Onde os Fracos não tem Vez), passando por Richard LaGravenese (indicado por ‘O Pescador de Ilusões) e terminando com William Nicholson (indicado por ‘Gladiador’), ‘Invencível’ prova o quanto a Academia ‘deusifica’ uns poucos e deixa boa parte das jovens promessas de lado. Uma pena.
Título Original: Unbroken
Ano Lançamento: 2014 (Estados Unidos)
Dir: Angelina Jolie
Elenco: Jack O’Connell, Jai Courtney, Garrett Hedlund, Domhnall Gleeson, John D’Leo, Finn Wittrock, Alex Russell, Luke Treadaway, Spencer Lofranco
ORÇAMENTO: 65 Milhões de Dólares
NOTA: 5,0
Indicações ao Oscar: Fotografia, Edição de Som, Mixagem de Som
Por Éder de Oliveira