Críticas

Honey Não | Resenha | Vale a pena assistir?

Pense nesse trio juntos: o diretor Ethan Coen (de Onde os Fracos Não Tem Vez, que decidiu se separar do irmão Joel Coen), a montadora Tricia Cooke (O Grande Lebowski) e a atriz Margaret Qualley (A Substância). Misture tudo e você terá Honey Não, o primeiro capítulo da “trilogia de filmes B de lésbicas” – o primeiro foi Garotas em Fuga (2024). Quem já está acostumado com os personagens esquisitos e determinadas ações inesperadas, terá bons motivos para curtir este longa metragem.

Assim como O Segredo de Brokeback Mountain subverteu o gênero do faroeste, fazendo dois cowboys, um símbolo de virilidade nos cinemas, se apaixonarem, este roteiro coloca uma detetive particular em um local onde, normalmente, veríamos um homem mulherengo e debochado, fumando seu cigarro e seguindo seu instinto para montar o quebra cabeças e finalizar o caso.

Margaret Qualley, ajudada por Aubrey Plaza (Scott Pilgrim contra o Mundo), que é uma policial carrancuda que tem um caso com Honey, se diverte ao longo dos 80 minutos de duração. Aliás, esse talvez seja um ponto problemático por aqui, já que existem pontas que poderiam ser melhor resolvidas se houvesse mais tempo. Mesmo assim, a diversão e o escapismo tiram boas risadas, mesmo que, por vezes, você fique pensando se realmente deveria rir daquilo.

Honey Não e seu elenco de peso

Além de Plaza, não posso me esquecer de mencionar Chris Evans (Capitão América – O Primeiro Vingador), que vive o reverendo Drew Devlin. O ator de distancia dos papeis que o tornaram realmente conhecido e tenta algo novo, o que, por si só, já é louvável. E Evans não tem medo de se despir das vaidades costumeiras e mexer no vespeiro das religiões e das hipocrisias religiosas.

Contudo, não há como negar que, desde os figurinos impecáveis, passando pela perspicácia e, por vezes, sorte, e muitos outros pequenos detalhes, Margaret Qualley é a dona de Honey Não. O projeto pode até beber das fontes do cinema noir, mas esqueça a chuva caindo, a fotografia quase monocromática e toda aquela rigidez, pois o interesse aqui é de trazer cor, saltos altos e violência na medida certa, pois isso também pode impactar.

Honey Não
Honey Não

Onde assistir Honey Não?

O filme está nos cinemas de todo país.

Sinopse de Honey Não

Uma comédia sobre Honey O’Donahue, uma investigadora particular de uma pequena cidade, que investiga uma série de mortes estranhas ligadas a uma igreja misteriosa. Quando as coisas começam a chegar cada vez mais perto dela, precisará salvar a própria pele e resolver o caso.

Nota: ★★★½

Título Original: Honey Don’t!
Ano Lançamento: 2025 (Estados Unidos)
Dir.: Ethan Coen
Elenco: Margaret Qualley, Aubrey Plaza, Chris Evans, Charlie Day, Kristen Connolly, Talia Ryder, Alexander Carstoiu, Kale Browne, Gabby Beans

Curiosidades de Honey Não

  • Segundo filme de ficção após Ethan e Joel Coen decidirem separar suas carreiras. O primeiro havia sido Garotas em Fuga (2024).
  • Contando o documentário Jerry Lee Lewis: Trouble in Mind (2022), este é o terceiro trabalho solo de Ethan Coen como diretor.
  • Assim como Garotas em Fuga (2024), Honey Não também conta com Margaret Qualley no elenco e também envolve elementos de road movie e crime.
  • A atriz aparece nua pela primeira vez em um filme.
  • Curiosamente, as duas atrizes — que interpretam amantes no filme — já viveram freiras em produções anteriores.
  • Coen e Cooke descrevem o filme como uma comédia sombria no estilo de produções como Arizona Nunca Mais, porém com mais conteúdo sexual.
  • Margaret Qualley, Aubrey Plaza e Chris Evans foram as primeiras confirmações no elenco.
  • Nomes como Charlie Day, Billy Eichner, Talia Ryder e Lena Hall foram adicionados posteriormente.
  • As filmagens principais ocorreram em Albuquerque, entre março e maio de 2024.
  • O filme foi exibido fora de competição no prestigiado Midnight Screenings do Festival de Cannes de 2025.
  • Sua première em Cannes foi marcada por aplausos prolongados.
  • Chegou aos cinemas americanos em agosto de 2025.
  • Em vários países, o lançamento ficou a cargo da Universal.
  • No Rotten Tomatoes, obteve apenas 45% de aprovação crítica e no Metacritics ganhou a nota 46/100 indica recepção “mista ou média”.
  • Veículos como The Hollywood Reporter elogiaram as atuações e a construção de mundo.

Eder Pessoa

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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