HQ/Livros | Homem Aranha: Negócios de Família
A nova Graphic novel original da Marvel Comics, intitulada Homem Aranha: Negócios de Família, trás uma aventura surpreendente e focada no amigão da vizinhança, mexendo com o misterioso passado de Peter Parker. Nos apresentando segredos jamais revelados antes, mas mesmo com uma proposta muito interessante, será que valeu a pena esperar todos esses anos para o material chegar aqui no Brasil?
SINOPSE
Apesar de ter sido criado pelos seus tios, Ben e May, desde quando era pequeno, muito pouco se sabe sobre os verdadeiros país de Peter Parker. Mas parece que o passado volta à tona quando a casa de Peter é invadida por uma equipe de agentes armados para captura-lo, eles não vieram em busca de Homem-Aranha, vieram em busca de Peter Parker.
Assustado com a situação e confuso com tudo que aconteceu, Peter dá um jeito de escapar rapidamente, e antes de ser encontrado, uma estranha mulher chamada Teresa, cruza seu caminho para ajuda-lo fugir. Ela sabe o que está acontecendo e além disso, afirma ser sua irmã.
Enquanto isso, o Rei do Crime volta das sombras para botar seu novo e secreto plano em prática, seja lá o que signifique isso.
INFORMAÇÕES
Originalmente Amazing Spider-man: Family Business, foi uma Graphic novel publicada pela Marvel Comics em 2014, aqui no Brasil foi lançado esse ano, em uma versão encadernada e com capa dura, custando R$26.90. Com 116 páginas, tudo isso já contando com alguns extras que mostra a produção da história, complemento muito bacana para quem curte isso, inclusive.
O roteiro é de James Robinson e Mark Waid, a arte dos italianos Gabrielle Dell’ Otto e Werther Dell’ Edera. Waid é o mais conhecido aqui, pois trabalhou em ‘Reino do Amanhã’, ‘Superman: O Legado das Estrelas’ e outros clássicos.
OPINIÃO
Desde quando a obra foi anunciada lá fora, criei uma expectativa enorme e esperei muito essa trama chegar ao Brasil, portanto, essa é a hora da verdade. ‘Negócios de Família’ é bom ou não? Para começo de conversa, por se tratar de uma Graphic novel, temos uma história mais centrada e direta ao ponto, ou seja, começo, meio e fim! Apesar do final deixar um certo mistério no ar, acredito que isso possa ser encarado de uma forma positiva, porque não é uma leitura cansativa, conta o que precisa te contar, e é isso! Por isso acaba sendo um quadrinho relativamente curto, a estrutura do roteiro não é tão elaborada e as coisas parecem extremamente simples.
É interessante ver como a história consegue te deixar verdadeiramente curioso e entretido, por conta de todos os elementos que são introduzidos no desenrolar da trama, mas, por outro lado, o fim dado a esses tais elementos e a forma como tudo se encerra é bastante previsível e chega em um momento que você já sabe o que vai acontecer.
Os diálogos servem sempre para constituir os personagens apresentados, sejam eles novos ou já conhecidos. Nada é totalmente gratuito, as coisas que aparecem ali têm um certo peso e quando você para pra pensar, não há muitos personagens centrais, pois a maior parte são apenas coadjuvantes e com isso encontram mais espaço para trabalhar nos protagonistas, conquistando o interesse do leitor em relação ao o que vai acontecer com cada um deles.
Temos a relação de Mary e Richard Parke e aqui, eles voltam a trabalhar com aquela maldita ideia de que os pais de Peter são agentes secretos, coisa que já vimos e não deu certo. Eu detesto essa ideia, pois pouco me interessa quem foram os pais do Peter e tira toda a importância dos tios. Parece que tudo que fazia a origem do Homem Aranha tão humana e fácil de se identificar, se perde, assim como vimos no filme ‘O Espetacular Homem Aranha 2’. De qualquer forma, todo o resto é bem competente e é mais uma história sobre o Peter Parker do que sobre o Homem Aranha (é muito importante ter isso em mente antes de começar a lê-la). A leitura é leve e mantém um ritmo divertidíssimo, mesmo com uma trama um tanto clichê, mas que funciona graças ao bom desenvolvimento do resto de todo material.
Se você é fã do personagem como eu, Homem Aranha: Negócios de Família é uma compra obrigatória, caso seja um leitor casual, ainda vale a leitura, não que seja uma prioridade, mas não vai se arrepender da compra.
Por Adriano de Morais
Confira mais em nossa coluna de Livros/HQs!
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