HANCOCK
A batalha é duríssima para este novo herói, pois ‘Batman – O Cavaleiro das Trevas’, ‘Homem de Ferro’ e ‘O Incrível Hulk’, além de serem produções dignas, já escreveram seus nomes nos corações e mentes do mundo inteiro. ‘Hancock’ é um mero coadjuvante no meio dos pesos-pesados apresentados nestas férias e Peter Berg (‘Bem Vindo à Selva’) faz de tudo para tentar chegar naquele seleto grupo dos diretores do primeiro escalão.
Não tem o roteiro furioso do Homem Morcego, nem Jeff Bridges como vilão e nem efeitos especiais dignos do Gigante Esmeralda, mas conta com o astro Will Smith (‘Eu sou a Lenda’), o que já é excelente quando se quer levar espectadores para o cinema. E é ele que carrega a aventura nas costas, pois nem com a adição de bons atores e atrizes como Charlize Theron (‘Monster – Desejo Assassino’ isso muda.
O projeto fica dividido entre comédia no primeiro ato e drama em seu desfecho, que chega a envergonhar, tamanha falta de coragem para criar alguma coisa minimamente diferente do que se está acostumado. Quando o assunto é computação gráfica, a preguiça da equipe técnica impera absoluta.
Esse personagem beberrão, folgado, sem travas na língua e poderoso, ajuda da forma mais absurda os policiais. Mas os cidadãos o rejeitam por acharem melhor pessoas comuns cuidarem dessas metrópolis comuns. Como diversão escapista e despretensiosa, ‘Hancock’ flui bem no início e decai consideravelmente no último ato, com uma sucessão de planos grosseiros e clichês. Se Smith não superou o Coringa, quem superará?
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