GOOD KILL

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As guerras modernas já nos deram filmes bastante contundentes e densos, como foi o caso de ‘Guerra ao Terror’, vencedor do Oscar em 2010, ‘Soldado Anônimo’, ‘O Reino’, ‘O Grande Herói’ e este ‘Good Kill’, dirigido pelo excelente Andrew Niccol (‘O Senhor das Armas’) e estrelado pelo competente Ethan Hawke.

Dentre todos os títulos citados, este último é o que tem a maior carga dramática, pois a degradação física e psicológica do Major Thomas Egan é quase palpável e isso acaba afetando todas as pessoas ao seu redor. O roteiro nos brinda com uma bela crítica social, suscitando a discussão da necessidade deste ciclo vicioso norte-americano e do quanto eles são parecidos com os assassinos do outro lado do mundo.

Quando estão dentro das salas, há uma sensação de claustrofóbica, e para piorar, são tratados como marionetes que recebem ordens superiores pelo telefone, engatilham seus drones e atiram sem pestanejar, independentemente se as vítimas serão civis inocentes ou participantes de uma organização terrorista. Do lado de fora, a câmera sempre busca o céu azul, ou seja, o grande vício do Major está, ao mesmo tempo, tão longe e tão perto.

O major Thomas Egan pilota drones pelo Oriente Médio por 8 horas, durante todos os dias e entra num conflito moral, pois começa a deixar sua família de lado, para entrar de vez na tal guerra contra o terror.

Não há diferenciação entre tal trabalho e um X-Box, pois nos dois casos as pessoas ficam na frente de uma tela e com um joystick nas mãos. Longe de mim achar que vídeo games estimulam atitudes violentas, mas é mais fácil apertar um gatilho há quilômetros de distância do que ficar frente a frente com seu oponente.

Título Original: Good Kill
Ano Lançamento: 2014 (Estados Unidos)
Dir: Andrew Niccol
Elenco: Ethan Hawke, Bruce Greenwood, Zoe Kravitz, January Jones, Colin Jones, Alma Sisneros

ORÇAMENTO: —
NOTA: 9,0

Por Éder de Oliveira

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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