Gantz é um mangá sanguinário criado por Hiroya Oku em 2000. Contou com 37 volumes (vendendo 21 milhões de exemplares no mundo todo) e fez tanto sucesso que se transformou em um animê de 13 episódios, exibido no Japão pela Fuji TV a partir de 2004 e pelo canal pago Animax por aqui um ano depois. Gantz: O é um longa metragem em animação baseado neste universo.
O que impressiona aqui, além da violência gore e dos monstros bizarros, é a qualidade da computação gráfica. O diretor Keiichi Satou e o estúdio responsável conseguiram levar fluidez e leveza não só na hora da porradaria, mas também nos movimentos dos cabelos e nos olhares de cada personagem, que daria inveja aos envolvidos em A Lenda de Beowulf, por exemplo.
Talvez quem nunca tenha tido contato com os mangás ou o animê, se sentirá incomodado com a rapidez que as coisas acontecem, principalmente porque é um projeto voltado para os fãs e, mesmo assim, o roteiro não se aprofunda em diversas perspectivas que poderiam deixa-lo ainda mais interessante.
Quase como um vídeo game de uma hora e meia, com chefões de fase e tudo mais, Satou injeta muito sangue e testosterona em Gantz: O – com explosões e tiroteios a cada meio segundo –, mas se esquece que as personagens femininas não são meras damas em perigo, transformando-as em coadjuvantes com pouca coisa a acrescentar. Esteticamente perfeito, mas falta alma para ser uma obra maior.
Sinopse de Gantz: O:
Depois de ter um ato corajoso, Masaru Kato morre, mas acorda em uma espécie de universo alternativo. Meio perdido no início, Kato descobre que para sobreviver e voltar à vida, precisará derrotar diversas criaturas num prazo determinado. Ele está numa versão diferente de Osaka, onde várias equipes Gantz lutam e criaturas aparecem com mais frequência. Agora é questão de lutar por seus próprios objetivos e controlar as pessoas ao seu redor para que todos tenham sucesso nas batalhas.
Título Original: Gantz : O
Ano Lançamento: 2016 (Japão)
Dir: Yasushi Kawamura e Keiichi Saitô
Vozes: Daisuke Ono, M·A·O, Tomohiro Kaku, Saori Hayami, Shūichi Ikeda, Masane Tsukayama, Yūki Kaji
ORÇAMENTO: —
NOTA: 6,5
