Flow (2024) | Vale a pena assistir?

flow topo

Flow (2024) é um longa metragem animado da Letônia, que faturou o Oscar na categoria e fez muita gente se emocionar. Dirigido pelo desconhecido Gints Zilbalodis, é uma jornada de descobertas e amizades inesperadas, mas, além disso, são 84 minutos sem diálogos e com todos os animais tendo ações como se fossem na vida real, ou seja, não há antropomorfização.

A estética, que segue um caminho contrário de Robô Selvagem, que disputava com ele o prêmio que ocorreu no último domingo, me lembrou bastante do game Okami, uma obra de arte sem igual, onde o jogador controla a deusa do sol, na forma de um lobo branco.

O espectador, em Flow (2024), é convidado a viajar por um mundo que é devastado por uma grande inundação. Obviamente, Zilbalodis expõe a preocupação com as questões climáticas, pontuando claramente que somos finitos neste mundo e que se não trabalharmos juntos, as coisas irão piorar dia após dia. Além do gato, há um Cachorro, uma Garça, uma Capivara e um Lêmure que foram excluídos de seus respectivos grupos e encontraram uma forma de sobreviver, mesmo com tantas diferenças.

Flow (2024) é pura poesia

A escala dos desafios se ampliam aos poucos, como numa fase de video game, e a proporção das construções que passam são impactantes. Se procura algo como as obras da Pixar – que tem estrutura bem marcante e já compreendida previamente pelos espectadores -, poderá se frustrar, pois há um tom lírico e mais contemplativo, onde respostas ficam ‘no ar’.

Certo personagem, que aparece apenas três ou quatro vezes, terá um papel cíclico, mostrando que vida e morte andam juntas. Perceba que o tratamento de som é sutil, para que não se sobreponha ou torne-se mais importante do que aqueles personagens tão doces. Obra prima que não foi tão assistida como deveria nas telonas. Espero que quando chegar aos streamings possa ganhar sobrevida!

Flow nos cinemas de Campinas
Flow (2024) | Flow nos cinemas de Campinas

Onde assistir Flow (2024)?

O filme está nos cinemas de todo Brasil.

Sinopse de Flow (2024)

Gato é um animal solitário, mas quando seu lar é devastado e a Terra começa a ser inundada, ele encontra refúgio em um barco e precisa viver com um cachorro, uma capivara, um lêmore e garça.

Nota Cinema e Séries: ★★★★

Título Original: Flow
Ano Lançamento: 2024 (Letônia | Bélgica | França)
Dir: Gints Zilbalodis

Curiosidades de Flow (2024)

  • A equipe gravou sons de animais reais para o filme. Para captar o som da capivara, usaram o som de um camelo bebê.
  • O orçamento de Flow (2024) foi de, aproximadamente, US$ 3.8 milhões.
  • Criado e renderizado usando apenas o software gratuito e de código aberto Blender.
  • Como o orçamento do filme era muito apertado, não existem cenas deletadas. Todas as cenas produzidas estão na versão final de Flow (2024).
  • O desenho do Gato dentro da casa foi feito pelo diretor Gints Zilbalodis, essa foi a única arte conceitual que ele fez, já que o restante foi modelado diretamente no softweare para economizar tempo.
  • O filme foi selecionado para estrear na seção Un Certain Regard do Festival de Cinema de Cannes de 2024. Também foi exibido no Festival Internacional de Animação de Annecy de 2024, onde ganhou o Prêmio do Júri, o Prêmio do Público e o Prêmio Gan Foundation para Distribuição, todos na categoria de Longa-Metragem.
  • É o primeiro filme independente a ganhar o Oscar de Melhor Filme de Animação.
  • Flow é o sétimo filme que não foi produzido pela Disney ou DreamWorks a ganhar o Oscar de Melhor Filme de Animação. Os outros foram: A Viagem de Chihiro (2001), Happy Feet: O Pinguim (2006), Rango (2011), Homem-Aranha No Aranhaverso (2018), Pinóquio por Guillermo del Toro (2022) e O Menino e a Garça (2023).
  • A criação de Flow (2024) levou mais de quatro anos para ser finalizada.
  • O diretor, Gints Zilbalodis, foi o responsável por quase todos os aspectos do filme, desde a animação até a direção de som, economizando assim custos de produção.

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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