Quando George Romero (‘A Noite dos Mortos-Vivos’), o homem por trás de toda mitologia dos zumbis, fala que seus filmes sempre tem uma crítica social impregnada, ele não está mentindo. As mortes sanguinárias são apenas consequências da nossa própria falta de humanidade e aqui, ele ‘pega emprestado’ uma fórmula bastante vista ultimamente em películas como ‘[Rec]’, ‘Cloverfield’ e ‘Atividade Paranormal’, a filmagem semi-documental.
Ele alfineta a mídia em geral e o modo completamente errado que usamos estes meios de comunicação – sempre com certas manipulações para agradar quem quer que seja. Até porque, se estamos diante dos televisores e confortáveis em nossos sofás, o impacto das imagens, por mais horrendas que possam parecer, diminui drasticamente e parecemos inertes no nosso próprio universo.
Numa floresta, alguns jovens estudantes de cinema resolvem fazer um filme de terror. Mas no centro da cidade, mortos começam a ressuscitar sem uma explicação plausível e atacam quem estiver pela frente, causando uma onda de caos, pânico e desespero. Agora, eles tentarão a todo custo não serem mordidos pelas criaturas e procurarão um local seguro para se alojarem.
Como sempre, as maquiagens estão perfeitas e as mortes são gore e Romero, ao finalizar tal obra, mostra a iniciantes como Eli Roth, Darren Lynn Bousman e seus companheiros, a arte de exibir membros expostos com toda categoria que o gênero merece. No fim, Debra Moynihan nos pergunta se realmente merecemos ser salvos. Os créditos sobem e a frase paira sobre nossas mentes. E ai, qual a sua conclusão?
Título Original: Diary of the Dead
Ano Lançamento: 2007 (EUA)
Dir.: George A. Romero
Elenco: Michelle Morgan, Joshua Close, Shawn Roberts, Amy Ciupak Lalonde, Joe Dinicol, Scott Wentworth
ORÇAMENTO: 2 Milhões de Dólares
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