DESOLADO | DIRETOR DO CURTA METRAGEM FALA SOBRE O PROJETO
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DESOLADO | DIRETOR DO CURTA METRAGEM FALA SOBRE O PROJETO

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‘Desolado’ é um curta metragem da Espanha, que foi escolhido para o FESTICINI – 1° Festival Internacional de Cinema Independente. Na sinopse, e se o Sol não existisse? E se as nuvens pudessem cobri-lo completamente? Tito imagina um mundo onde girassóis não tem que olhar para o céu, e onde a lua trabalha horas extras para fazê-lo sorrir. A pergunta é: por quê? Conversamos com o diretor Victor Nores sobre este e outros temas. Confira!

Cinema e Pipoca: Como surgiu a ideia para o roteiro de ‘Desolado’?
Victor Nores: Surgiu da necessidade de contar uma história de superação a partir do olhar de um garoto, uma etapa da vida em que nada é impossível e a imaginação prevalece acima da lógica.

CP: Manuel Montilla sempre foi a primeira opção para o papel principal? E como foi que chegaram nesta decisão?
VN: Sempre. Não houve outra opção. Durante dois anos tive que parar o projeto porque era impossível encontrar uma criança com suas características. Quando nós encontramos, foi amor à primeira vista.

CP: O que é cinema independente para você?
VN: É um cinema que observa, escuta, motiva, comove, assusta, te faz rir sem a necessidade de pensar em dinheiro.

CP: No Brasil, muito gente não gosta do nosso cinema, dizendo que não têm tanta qualidade quanto os filmes norte-americanos. Acontece isso também na Espanha? O que acha disso?
VN: ‘Cidade de Deus’ é um filme que está muito acima dos filmes que estreiam, até mesmo, aqueles que são feitos nos EUA. O problema que vejo, é que a maioria dos festivais do Brasil não dá espaço para apresentar cineastas estrangeiros. Um grande erro, porque temos a necessidade de ver como os filme são pensados na Coreia ou França, para que minhas próprias histórias cresçam e se desenvolvam ainda mais.

CP: A Espanha tem três filmes competindo no FESTICINI. Por que este sucesso de seu país no Festival?
VN: A Espanha tem um futuro cinematográfico muito bom, mas não nos deixam crescer. A ajuda vai para os de sempre e fica difícil continuar contando as histórias. Você, melhor que ninguém, nos dá uma nova janela para sermos notados, então eu espero que isso sirva para que percebam nosso valor, no país de onde escrevo.

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