Cruzada, o filme que queria ser o novo Gladiador
Comparar Gladiador com Cruzada é até covardia. Se o primeiro é um épico magistralmente completo, com cenas minimalistas e um diretor competente, o segundo peca em vários sentidos – roteiro, atuação, direção.
Porém, pensando bem, Ridley Scott dirige os dois, certo? Correto! Mas são dois momentos distintos em sua carreira.
Em 1999, ele teve uma liberdade criativa tremenda e um protagonista perceptível e talentoso. Contudo, aqui percebemos que essa falta de cunho criativo fez da obra algo realmente decepcionante.
Tenho também, a sensação de que Orlando Bloom (Piratas do Caribe) tem pouco prestígio para segurar uma produção tão grandiosa sozinho. E comprovamos isso já nas sequências iniciais.
A trilha sonora maltrata nossos tímpanos. A fotografia agrada e, enfim, as batalhas grandiosas são bem coreografadas. Coadjuvantes como Liam Neeson (A Lista de Schindler), Eva Green (007 – Cassino Royale) e Jeremy Irons (Eragon) pecam pela inexpressividade. Já Edward Norton (Clube da Luta) dá relevância quando aparece.
Desta vez, a preguiça imperou no reino do todo poderoso Sir Ridley Scott, que tem méritos e, por isso, vamos citar Cruzada como um pequeno escorregão.
NOTA: 6,0
ORÇAMENTO: 130 Milhões de Dólares
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