CIDADE BAIXA

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Ver o trabalho de um diretor maduro e que consegue dialogar com o público, mesmo com temas complexos e difíceis de serem explorados é uma honra e SÉRGIO MACHADO (QUINCAS BERRO D’ÁGUA) leva o espectador – que em sua grande maioria está acostumado a presenciar uma Bahia alegre e cheia de encantos – para uma celeuma de dramas e tristezas na vida de três pessoas.

Mesmo exagerando um pouco na carga dramática em certas ocasiões, CIDADE BAIXA nos deixa atentos e apreensivos até o final da jornada dos protagonistas que estão em busca não só de um grande amor, mas também de se encontrarem num mundo lotado de alternativas, angústias e sonhos.

Não há como negar uma certa semelhança com o filme DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS, mas o grande trunfo além da forma crua que o subúrbio baiano é retratado, são WAGNER MOURA (VIPS), LÁZARO RAMOS (MEU TIO MATOU UM CARA) e ALICE BRAGA (O RITUAL), que esbanja beleza e sensualidade.

Dois amigos de infância que ganham a vida fazendo fretes num barco simples e dando golpes em outras pessoas, acabam conhecendo a stripper Karinna. Eles se apaixonando por ela e decidem levar uma vida ‘a três’. Obviamente o ciúme entra no caminho deles, mas após as idas e vindas, descobrem que não podem viver separados um do outro.

A fotografia opaca e de certa forma suja, mantém o tom de desespero que os personagens tanto carregam junto de si. Pode parecer impactante demais para alguns espectadores ocasionais, mas o profissionalismo de todos os envolvidos amplia a beleza do longa. CIDADE BAIXA rende ao cinema outro ponto positivo nesta vigorosa retomada!

Título Original: Cidade Baixa
Ano Lançamento: 2005 (Brasil)
Dir: Sérgio Machado
Elenco: Wagner Moura, Lázaro Ramos, Alice Braga, Débora Santiago, Harildo Deda

ORÇAMENTO: —


PERGUNTA PARA O INTERNAUTA:

* O que você achou de CIDADE BAIXA ?
* Qual o melhor filme desde a retomada do cinema nacional ?

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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